Como se encontrar no meio do seu caos interno

Você já se pegou apática, se afundando em um mar de pensamentos confusos, mas sem saber o que fazer?

Nesses momentos o que você mais quer é que alguém te apresente uma solução mágica, que te tire de vez desse caos que a sua cabeça se tornou. Você espera que uma mão amiga que te puxe para fora do buraco que você se enfiou com a esperança de não voltar mais para lá.

Mas, se o caos é interno, ele não vai se resolver de fora para dentro. Por mais que a solução (real, não mágica) e a mão amiga apareçam, aceitar ajuda e se assegurar de que você não fique mais presa no buraco é uma responsabilidade sua.

Eu sei que pode ser doloroso, mas você não vai poder evitar para sempre ter que fazer o trabalho interno.

Neste artigo, eu trago algumas dicas de como você pode começar a se encontrar no meio do caos interno. Vamos lá!

1) Escreva um diário

Eu sou a maior defensora da ideia de você começar a se contar a sua própria história (como a Lucy de “Como se fosse a primeira vez”).

Nada melhor para entender o que está se passando na sua cabeça e no seu coração do que se dar a chance de encontrar as palavras para descrever como você está sentindo.

Sou fã do diário de papel, mas você pode ter na versão que quiser, desde que se dê a oportunidade de transformar seus pensamentos em um retrato da sua alma.

2) Observe-se

Esse é o passo seguinte do primeiro item, mas você nem sempre precisa tomar nota disso (embora isso se torne inevitável com o tempo).

Preste atenção à forma como você se sente diante de pessoas e situações. Preste atenção no impacto que as coisas têm sobre você. Um filme, um livro, uma música, uma ideia, uma notícia… Como você se sente?

E como você reage? O que te faz sorrir? O que te faz chorar? O que te dá raiva?

Use suas respostas para escolher o máximo possível as coisas, pessoas e conteúdos que têm acesso a você. Talvez você não possa filtrar tudo, mas o que puder já vai fazer uma grande diferença.

3) Converse consigo mesma

No chuveiro, na frente do espelho, no seu diário…

Falar consigo mesma não é a mesma coisa que falar sozinha. Isso, é claro, desde que você não esteja falando coisas sem prestar atenção (acontece também).

Preste atenção ao que você diz, diga o que sente vontade de dizer e o que sente vontade de ouvir também. Dedique atenção a si mesma. Esteja presente para si mesma e se faça companhia.

Tenho certeza que você vai descobrir que é muito mais legal do que imagina e do que se dá a chance de perceber se preenchendo de coisas que não suas e de pessoas que não são você.

Comece pequeno. Meu convite é: faça simples para fazer sempre. Comece se observando e, se necessário, procure ajuda profissional. E, acima de tudo, assuma a responsabilidade por si mesma. Você chegou até aqui. Você consegue.

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Conte nos comentários, como você costuma lidar com o caos interno quando ele acontece. ⤵︎

A vida é um eterno improviso

Você pode ter muitas intenções, mas a vida vai continuar acontecendo independente delas.

Situações vão continuar atravessando o seu caminho e pessoas vão continuar tentando, nem sempre por mal, interromper o seu fluxo.

Por mais organizada, polida e metódica que você seja, imprevistos sempre vão acontecer.

E não, não é a vida tentando te sacanear.

Ela só está te dando a oportunidade de aprender a ter jogo de cintura e agir a partir da inspiração.

Eu sempre tive medo de dinâmicas de improviso

Eu fiz parte de uma cia. de atores bailarinos e eu odiava as dinâmicas de improviso.

Eu sempre me senti vulnerável tendo que processar ideias ao mesmo tempo que as executava.

Muito disso também era devido ao fato de eu ser uma pessoa tímida, introvertida, com muita aversão à ideia de estar no centro das atenções.

Isso sempre me causou muito desconforto como artista.

Como infoprodutora o controle da narrativa (falada) é maior, então passei um bom tempo sem me confrontar com esse medo.

Terapia e psicodrama

Eu só fui me reencontrar com esse medo quando fiz terapia com uma psicóloga que usa o psicodrama como abordagem – e nas aulas de espanhol.

O psicodrama é uma abordagem de terapia que usa o teatro para diagnosticar e tratar questões de natureza psíquica.zenklub

Não foi um reencontro traumático (a abordagem é muito interessante), mas foi algo que me colocou para repensar esse medo de improvisar, de ter que me virar nos trinta e fazer a coisa funcionar.

A vida não espera você estar preparada para acontecer

Antes da minha primeira sessão de terapia eu pesquisei e pensei muito a respeito desse medo do improviso.

Eu percebi que eu sou o tipo de pessoa que planeja o que vai fazer, o que vai falar e fica tentando prever as situações para ter as respostas certas, porque isso me dá uma sensação de controle.

Mas essa sensação é falsa.

Porque a vida nos dá controle sobre pouquíssimas coisas.

E, de uma maneira geral, a gente está sempre tendo que lidar com improvisos.

As coisas vão acontecendo e a gente vai aprendendo na prática a lidar com elas.

Qual é o valor da intenção?

Isso me fez questionar o valor das nossas intenções.

Porque as intenções podem ser boas, sinceras e articuladas, mas a vida vai acontecer do jeito que ela quiser e nos resta ter jogo de cintura para lidar com o que sai completamente diferente do imaginado.

“Vocês têm duas maneiras de viver a vida”, explicou o dr. Hew Len. “A partir da memória ou da inspiração. As memórias são antigos programas que voltam a ser executados; a inspiração é o Divino transmitindo-lhes uma mensagem. Vocês precisam viver a partir da inspiração.”Limite Zero (Joe Vitale)

As nossas intenções são baseadas em experiências, em crenças e em convicções. Ou seja, em memórias.

Para fluir com a vida, a gente precisa sair do automático, do antigo jeito de pensar e de lidar com as coisas.

A Paula Abreu (em um treinamento) disse que enfrentar um desafio novo exige agir de um jeito que a gente nunca agiu.

Você pode julgar as suas intenções como boas, mas elas podem não ser o melhor, porque a sua perspectiva (por mais incrível você seja) é limitada e baseada em informações pré-existentes.

Agir a partir da inspiração

Na maior parte do tempo as pessoas estão agindo no piloto automático.

Fazendo as coisas por hábito ou porque foi como elas aprenderam e sem questionar muito.

Sim, questionar dá trabalho, pensar as coisas profundamente dá trabalho.

Descobrir que a realidade pode ser bem mais complexa do que a gente pensa dá trabalho.

Mas viver uma vida pela metade por indisposição de sair do automático é pior.

O piloto automático serve para tudo aquilo que se encaixa em rotina: a hora que você acorda, quais são os seus hábitos matinais, a sua forma de escovar os dentes, por onde você começa a organizar seus livros…

Mas quando você quer sair da roda, você precisa despertar, consultar o seu interior, você precisa assumir as rédeas.

Às vezes e por alto, você não vai saber o que fazer, mas se você colocar o tempo e esforço na direção certa (dentro de você), você vai encontrar o que precisa.

Improvisar com a vida

É por isso que falo tanto em seguir a inspiração.

Porque agir no automático só funciona bem em situações calculadas.

Quando você está criando um caminho novo, não pode contar apenas com o que você já conhece.

Criar coisas novas exige contato com sua imaginação, criatividade e inspiração.

Você precisa estar atenta à inspiração que se esconde nos detalhes da sua rotina.

Ela vem de partes de você que você não está acostumada a acessar.

Os pequenos imprevistos do dia a dia te ajudam a treinar para situações maiores e mais desafiadoras.

Improvisar com a vida é entender que nem tudo está sob seu controle, mas o que está é o suficiente para você se preparar para o que não está e se colocar disposta a seguir a intuição. 🖤


Qual foi a situação mais desafiadora que você já passou e como você conseguiu lidar com ela?

Se este conteúdo te ajudou de alguma forma, interaja com ele deixando seu comentário, compartilhando com alguém ou indo lá no meu Instagram @matrizalecrin para conhecer as minhas ideas.

Até mais ✌🏽

4 práticas que têm me ajudado a ser mais produtiva

Você tem dificuldade em focar nas suas tarefas e terminar o que precisa ser feito?

Se sente incomodada quando chega no final do dia e sua lista de tarefas continua intocada porque você se distraiu ou priorizou outras coisas e acabou não fazendo o que precisava?

Bem-vinda ao clube!

Lidar com a procrastinação não é uma tarefa simples e também não é uma tarefa que pode ser feita no automático (pelo menos não no começo).

Você precisa estar aqui, presente, ciente do que você quer e pronta para assumir a responsabilidade de ser e fazer o que estiver ao seu alcance.

Mas também não é uma coisa que começa com grandes passos e, na minha própria busca, algumas pequenas práticas já têm feito grande efeito e diferença nos meus dias e até na minha autoestima.

Neste artigo, eu compartilho com você algumas dessas práticas. Espero que sejam úteis para você como são para mim. Vamos lá!

1) Ter uma lista de prioridades

Algumas práticas dessa lista podem soar óbvias, mas se você já ouviu falar e nunca implementou, então não tem nada de óbvio aqui.

O importante não é você saber, mas você praticar.

Ter uma lista de prioridades vai te ajudar a não desperdiçar sua atenção em coisas aleatórias ou em tarefas que não vão te levar na direção do que você realmente quer.

Se você não sabe o que é prioridade na sua vida, descobrir isso deveria ser a sua prioridade.

Se você não tem nada que te move voluntariamente, pode ter certeza que você está se movendo involuntariamente na direção de deixar alguém (que não é você) mais perto de conseguir o que quer.

2) Usar o método Pomodoro

Aqui eu não vou me dedicar a explicar de onde esse método vem, mas como ele funciona.

Você vai determinar um tempo para focar na sua tarefa. Quando esse tempo acabar, você terá um período de descanso. Depois de X repetições, você tem um período maior de descanso.

Isso te ajuda não só a focar nas suas tarefas, mas a ter uma relação bem diferente com o tempo de trabalho e de pausa.

Como eu faço: 45 minutos de foco e 15 minutos de pausa. O intervalo longo é de 25 minutos.

O Pomodoro convencional é de 25 minutos. Mas na prática eu vi que, para mim, 25 minutos era muito pouco e quando eu realmente começava a curtir a tarefa o tempo acabava e eu não queria ter que parar.

Para você pode ser diferente. Teste.

Eu uso esse site aqui.

3) Ouvir música instrumental

Se você, como eu, mora em uma vizinhança ruidosa ou tem muita dificuldade em se concentrar porque está cantando e curtindo as músicas, dê uma chance às playlists de música instrumental.

Eu não colocava muita fé nessa ideia até realmente perceber diferença na minha maneira de focar e de trabalhar.

No momento em que escrevo este artigo estou ouvindo uma playlist de música instrumental (aqui) e isso ajuda a criar um clima propício para a execução das tarefas.

Vale a pena!

4) Ter horários definidos na rotina

Baseada completamente em experiência, esta prática me ensinou que não tem rotina de produtividade que funcione bem às custas de uma boa noite de sono e horários razoáveis de trabalho e descanso.

Eu sei que muitas pessoas torcem o nariz para a previsibilidade de rotinas agendadas, mas não é disso que se trata.

Eu sempre vou defender a espontaneidade necessária à inspiração que a gente precisa ter para viver uma vida criativa, mas nunca às custas do bom senso.

Você não vai render nada (para si mesma) se for sempre dormir tarde porque ficou até de madrugada observando a vida alheia em vez de cultivar bons hábitos na sua própria.

E dificilmente vai ter um corpo que colabore com energia e disposição sem cuidar bem dele.

Respeite as suas necessidades e tenha horários razoáveis.

Você não precisa acreditar em nada do que eu te disse aqui.

Meu único convite é que você teste.

Não para me provar nada, mas para te tirar da frustração de chegar ao final de mais um dia se sentindo mal por não ter sido tão produtiva quanto gostaria.

Parece besteira, mas isso afeta a forma como a gente se sente a nosso próprio respeito.

E a forma como a gente se sente afeta toda uma cadeia de atitudes que são ou não tomadas pela presença ou ausência da nossa autoconfiança. Faz sentido?

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Então, deixe nos comentários qual dessas práticas você vai experimentar hoje para se enxergar mais produtiva. ⤵︎