Há alguns anos eu escrevi um post chamado “Coisas que a gente sabe, mas não faz” em que eu falava de todas as vezes em que a gente procura nas pessoas conselhos que a gente não tem a menor intenção de seguir. E fica tentando encurtar a conversa dizendo “eu sei”, porque o que a gente quer é uma solução mágica, e não ter que se comprometer com as nossas próprias questões.
Grande parte das vezes em que a gente diz “eu sei”, a gente nem tá ouvindo de verdade, nem está entendendo de verdade, que se a gente aplicasse o que diz saber, muito provavelmente, a gente não estaria ouvindo uma coisa tão óbvia das outras pessoas.
Desta vez, eu vim trazer uma lista de coisas que a gente diz saber e nunca faz. E, ao final dessa lista, eu tenho um convite pra você. Vamos lá?
Comer e dormir melhor
Atividade física
Evitar redes sociais quando acorda e antes de dormir
Parar de stalkear gente que não presta
Beber mais água
Tomar sol
Parar de falar mal dos outros
Praticar mais os nossos hobbies
Terapia
Dizer não
Agir em vez de ficar pensando um monte
Organizar aquela gaveta
Praticar gratidão
Sair para dar uma arejada
Socializar
Definir um horário razoável de trabalho (se você pode)
Não entreter pensamentos catastróficos
Pedir ajuda quando o bicho pega
Pensar antes de agir (sair do automático)
Planejar a semana
Escolha 3 coisas dessa lista para fazer consistentemente até o final do ano e depois volta aqui pra me contar como foi. Promete? 🖤
Você está tão preocupada em chegar do outro lado que não consegue curtir o processo?
Eu sei que o processo nem sempre é fácil e gostosinho, mas é nele que você desenvolve quem precisa ser para bancar ter os seus sonhos realizados.
Encarar os desafios diários é como um ensaio para o que você quer realizar e regular sua lente (percepção) para enxergar o melhor da vida.
E aí, você está disposta a enfrentar o processo?
Entre você e o que você quer existe um caminho
Esse caminho precisa ser percorrido, porque dificilmente ele vai ser encurtado a troco de nada.
Tudo tem um preço. Ainda que esse preço não seja pago em dinheiro.
E, neste caso, o preço é o seu tempo, a sua ação, a sua atenção e o seu “esforço”.
Você pode ter um objetivo sem necessariamente conseguir perceber a trilha que vai te fazer sair de onde você está para onde você quer ir.
Mas não é permanecendo no mesmo lugar que você vai encontrar essa trilha.
A sua ação, ainda que mínima, é necessária para reduzir a distância entre você e o que você deseja.
Eu queria muito te dizer que as coisas acontecem o tempo todo como mágica, mas não é assim que funciona.
Louise Hay diz no livro “Você Pode Curar Sua Vida” que não adianta nada você estar no quarto e desejar estar na sala da sua casa sem se deslocar de um cômodo até o outro.
Podemos pular para a parte boa?
Não temos como ter garantias de que o nosso esforço vai realmente nos levar para o destino que imaginamos.
E também não temos como evitar todos os desafios do caminho e pular direto para a parte boa.
1º – porque não teríamos aprendido o necessário para bancar o “peso da vitória”.
As decisões que essa posição na vida pode demandar dependem de um conhecimento que se adquire com a experiência;
2º – porque a nossa visão e aquilo que a gente deseja amadurecem durante o processo.
O que você quer hoje pode se transformar em algo completamente diferente no meio do caminho.
Você precisa percorrer o caminho para desenvolver (na prática) a clareza do que você quer.
É no caminho que você desenvolve a sua perspectiva para enxergar outras possibilidades que quem você é e onde você está hoje não te permitem perceber.
Mar calmo nunca fez bom marinheiro
E o millennial que ama fazer piada autodepreciativa vai dizer:
– Eu não quero ser marinheiro.
Mas a vida não se importa com o que você quer ser.
Ela vai te dar o que você precisa aprender.
Independente de onde você queira chegar, você vai ter que enfrentar o mar aberto.
E isso significa aproveitar os bons dias e encarar os maus.
Você pode abandonar o barco, se jogar sem colete salva-vidas, andar sobre as águas (se você for bichão) ou segurar sua onda e assumir o leme.
Você está disposta a enfrentar o processo?
A disposição para enfrentar o processo é mais mental do que qualquer coisa.
Você já reparou que quando você age com confiança, mesmo que as coisas não aconteçam como você quer, o resultado tende a ser melhor do que quando você se desacredita?
Por que não usar essa informação a seu favor?
Por que não começar a se dizer que você consegue sim lidar com o que aparece no seu caminho?
Por que não romantizar a vida?
Eu, particularmente, acredito que há benefícios em encarar a vida como um filme em que você é a personagem principal.
É uma coisa que eu passei a chamar internamente de “sim, e…?”
Como se a vida fosse um grande espetáculo de improviso e eu preciso pensar rápido em como lidar com aquela informação e situação para manter o fluxo da cena.
Você não vai viver para sempre
A vida vai acontecer no pique brincadeira de criança: “prontos ou não, aí vou eu”.
A nós cabe decidir o que vale a pena fazer nesse meio tempo em que estamos aqui.
Seu lugar atual na vida está confortável? Está gostosinho? Se está, este conteúdo não é para você.
Mas se não está, a responsabilidade de sair desse lugar é sua.
Você não vai viver para sempre. Você não tem todo o tempo do mundo.
“Nada está parado; tudo se move; tudo vibra.” – O CAIBALION
A vida vai passar de todo o jeito.
Que você encontre a coragem para enfrentar o processo que vai te levar na direção em que você realmente deseja ir.
Conte comigo para te ajudar a se inspirar nessa jornada. 🖤
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Você já se pegou apática, se afundando em um mar de pensamentos confusos, mas sem saber o que fazer?
Nesses momentos o que você mais quer é que alguém te apresente uma solução mágica, que te tire de vez desse caos que a sua cabeça se tornou. Você espera que uma mão amiga que te puxe para fora do buraco que você se enfiou com a esperança de não voltar mais para lá.
Mas, se o caos é interno, ele não vai se resolver de fora para dentro. Por mais que a solução (real, não mágica) e a mão amiga apareçam, aceitar ajuda e se assegurar de que você não fique mais presa no buraco é uma responsabilidade sua.
Eu sei que pode ser doloroso, mas você não vai poder evitar para sempre ter que fazer o trabalho interno.
Neste artigo, eu trago algumas dicas de como você pode começar a se encontrar no meio do caos interno. Vamos lá!
1) Escreva um diário
Eu sou a maior defensora da ideia de você começar a se contar a sua própria história (como a Lucy de “Como se fosse a primeira vez”).
Nada melhor para entender o que está se passando na sua cabeça e no seu coração do que se dar a chance de encontrar as palavras para descrever como você está sentindo.
Sou fã do diário de papel, mas você pode ter na versão que quiser, desde que se dê a oportunidade de transformar seus pensamentos em um retrato da sua alma.
2) Observe-se
Esse é o passo seguinte do primeiro item, mas você nem sempre precisa tomar nota disso (embora isso se torne inevitável com o tempo).
Preste atenção à forma como você se sente diante de pessoas e situações. Preste atenção no impacto que as coisas têm sobre você. Um filme, um livro, uma música, uma ideia, uma notícia… Como você se sente?
E como você reage? O que te faz sorrir? O que te faz chorar? O que te dá raiva?
Use suas respostas para escolher o máximo possível as coisas, pessoas e conteúdos que têm acesso a você. Talvez você não possa filtrar tudo, mas o que puder já vai fazer uma grande diferença.
3) Converse consigo mesma
No chuveiro, na frente do espelho, no seu diário…
Falar consigo mesma não é a mesma coisa que falar sozinha. Isso, é claro, desde que você não esteja falando coisas sem prestar atenção (acontece também).
Preste atenção ao que você diz, diga o que sente vontade de dizer e o que sente vontade de ouvir também. Dedique atenção a si mesma. Esteja presente para si mesma e se faça companhia.
Tenho certeza que você vai descobrir que é muito mais legal do que imagina e do que se dá a chance de perceber se preenchendo de coisas que não suas e de pessoas que não são você.
Comece pequeno. Meu convite é: faça simples para fazer sempre. Comece se observando e, se necessário, procure ajuda profissional. E, acima de tudo, assuma a responsabilidade por si mesma. Você chegou até aqui. Você consegue.