A importância do rolê

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Teoricamente eu não deveria chamar de rolê porque sou do Rio e aqui as pessoas chamam (ou chamavam) de rolé. Mas como eu vivo mais no meu país internet do que por aí, eu acostumei com o rolê que leio nas redes sociais mesmo. E é justamente aí que começa o assunto.

Quando eu decidi trabalhar “em casa”, produzindo conteúdo, abrindo mão do pouco contato físico com pessoas que eu tinha, ficou muito fácil passar dias e até semanas sem sair de casa. Levou um tempo até eu ter a capacidade de perceber que o mal que eu sentia de vez em quando era por causa do isolamento.

Estava pensando nisso na última semana e não pude deixar de lembrar do jogo The Sims. Quando o Sim fica sem interação social, ele fica deprimido e não quer mais fazer o restante das atividades. Resolvi me tratar como um Sim (e minha cabeça começa a puxar várias outras conexões quando digo isso, mas vou deixar pra outra hora) e prestar mais atenção no que eu preciso. Porque percebi que não adianta nada ficar pensando “quando eu terminar projeto tal, aí sim vou sair”, porque eu não consigo terminar projeto tal se a cabeça não estiver boa.

Eu trabalho com criação. E, mesmo tendo muita preguiça de gente, eu preciso dar uma volta de vez em quando e ver gente, além dos meus pais. E eles também trabalham em casa, então dia desses convoquei todo mundo pra dar uma volta, ver uns carros antigos (a gente foi ver a IV Exposição de Carros Antigos de Maricá – tem mais fotos no meu Instagram) e tomar um ar. Voltou todo mundo pra casa mais leve e alegrinho.

E por mais óbvio que isso seja, às vezes a gente se sufoca tanto com o precisa fazer (no que diz respeito às responsabilidades que assume), que esquece que também precisa dar um tempo pra cabeça. Da mesma forma que o corpo precisa de comida, água, atividade física e noites de sono, nossa mente precisa de outras paisagens, experiências e outros ares pra funcionar bem.

Se você é tão caseiro quanto eu (o que eu duvido), não se esqueça de sair de dentro do seu quarto, da sua casa, da sua rotina e da sua bolha. Às vezes esse negócio estranho que você tá sentindo é só falta de ver alguma coisa além das suas quatro paredes. Pode ter certeza que o que você precisa fazer e resolver ainda vai estar aí quando você voltar. Mas você vai estar com mais disposição pra lidar com isso depois de perceber que o mundo e a vida lá fora continuam acontecendo. Deus abençoe o rolê

IMAGENS QUE FIZ NA EXPOSIÇÃO DE CARROS NO VÍDEO ABAIXO:

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Publicado por

Elisa Alecrin

Provocando a realidade de dentro para fora e documentando o processo.

4 comentários em “A importância do rolê”

  1. eu me identifiquei tanto com esse texto, tirando a parte de preguiça de gente hahaha mas o combo trabalhar em casa + morar longe do fervo me fez querer ficar em casa o máximo possível e realmente não dá pra viver bem sem um rolê de vez em quando

    1. Eu sinto muito isso trabalhando de casa. Às vezes fico bem triste e eu moro em outra cidade, longe dos amigos. Se eu não sair nem que seja pra dar uma voltinha básica, eu fico péssima. Então é importante eu não esquecer tbm. E foi ótimo compartilhar porque percebi que acontece com mais gente também

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