Neste vídeo eu conto a minha trajetória escrevendo diários, conto quais foram os benefícios a longo prazo dessa prática na minha vida e como você pode começar a escrever as suas ideias e os seus desabafos e se beneficiar disso.
Autor: Elisa Alecrin Page 13 of 75
Provocando a realidade de dentro para fora e documentando o processo.
Mudei meu blog de casa e dei um nome ponto com pra ele. Ano novo, vida nova, não é mesmo? Escrevi isso aqui com outras palavras diversas vezes e enquanto migrava meu conteúdo de plataforma e relia esses textos, pensei o quanto fiquei presa esse tempo todo a essas ideias de “agora vai”. E nunca ia, sabe?
Como já andei dizendo por aí, parece que fiquei bons anos atada à ilusão de que uma fada madrinha apareceria e me recompensaria pelo meu bom comportamento. E o que agora entendo é que até o “bom comportamento” exige riscos. Porque não adianta você ter potencial pra salvar o mundo se você não tem coragem de usar esse potencial pra lutar pelo que você acredita.
Além disso, a tendência de jogar só lá pro futuro a possibilidade de me sentir satisfeita com as coisas não ajudou também. Tantas conquistas e mini conquistas que eu deixei de comemorar por não serem exatamente o que eu queria, sem me dar conta de que celebrar essas pequenas conquistas poderia servir de incentivo pra continuar o meu caminho. No final das contas, eu ainda descobri que nem sabia realmente o que eu queria e estava fazendo.
É ruim a sensação de não saber pra que você existe, mas seria ainda pior não sentir nenhum tipo de incômodo a respeito disso. Às vezes os talentos e habilidades que a gente têm só são validados por nós mesmos quando temos a sensação de servir e de ser útil. E ser útil pode ter tantas caras diferentes que só quem sabe com quanto pode contribuir vai saber se realmente tá entregando tudo o que tem ou sendo medíocre – por preguiça ou má fé.
Enfim, me vi relendo coisas que eu mesma escrevi sem fazer a mais absoluta ideia de onde queria chegar mas jurava que sim. Deixei de me olhar com gentileza e de reconhecer as coisas que eu conquistei sabendo pouco ou quase nada. Quis pertencer à definições de sucesso que não são minhas e olhei pra vida através de uma lente embaçada que fazia nada parecer bom o bastante. Nem eu mesma. E, não vou mentir, alguns dias ainda são assim.
Mas não quero mais agir por preguiça ou má fé e entregar menos do que eu sei que posso. Porque não me sentir útil fere mais do que a minha própria existência. Mas eu também não quero fazer nenhum tipo de promessa ou gerar expectativas de coisas que a gente só sabe como vão funcionar na prática. Então, é isso. Feliz ano novo.
Será que é novo ou só tudo de novo?
Queria começar o ano propondo algumas ideias para ajudar na rotina. Por menores que sejam os hábitos que a gente pratica, a longo prazo e na figura completa, eles podem gerar grandes viradas de chave e grandes mudanças na nossa vida. Ao contrário do que a gente deduz, as coisas mais importantes não acontecem feito mágica. Elas são feitas de pequenos passos. Tijolo por tijolo. Então, aqui vão algumas sugestões de coisas que você pode fazer para melhorar os seus dias:
- ESCREVER TODAS AS MANHÃS
Este é um hábito que eu tenho desde criança e que tô tentando retomar com a mesma seriedade que eu tinha quando era adolescente, porque a gente se descobre muito pelo que escreve, pelo que responde e pelo que desabafa. Meus cadernos e agendas antigos estão cheios de histórias, fragmentos e pistas de quem eu fui, sou e tenho a possibilidade de ser ainda. E, pode ter certeza, que a gente ainda vai falar muito sobre isso por aqui este ano. - MEDITAR POR 5 MINUTOS
Não é logo de cara que a gente consegue se concentrar por, sei lá, 30 minutos pra meditar (eu não consigo ainda). Mas silenciar pra se perceber é muito valioso. Sim, é extremamente fácil se desconcentrar e começar a fazer listas mentais ou pensar naquela conversa de dois dias atrás. Você pode focar sua atenção em algum barulho repetido, como o tic tac de um relógio, pode seguir algum áudio de meditação (tem vários pela internet) ou pode tentar o básico: prestar atenção na sua respiração e sempre voltar sua atenção pra ela quando algum pensamento surgir e tentar te levar pra longe. - FAZER AO MENOS UMA REFEIÇÃO SEM USAR O CELULAR
A gente está tão habituada a estar constantemente conectada que nem percebe mais que não consegue fazer nada sem esse acessório. Eu sei que ele é seu companheiro até na hora de ir ao banheiro. Mas que tal se a gente conseguisse desconectar pelo menos por uma refeição diária, sabe? As notícias, mensagens, notificações e todo este mundo online ainda vão estar aqui depois do café, almoço ou janta. Apreciar (sem precisar documentar) os momentos da nossa vida é importante.
E aí, qual pequeno hábito ou mudança você vai fazer na sua rotina neste ano?