O valor de se perdoar


Nem sempre a gente vai conseguir fazer o que imagina, o que queria ou como queria. Às vezes os planos vão por água abaixo, a gente acaba não fazendo o que esperava ou acaba entregando menos do que queria. Frustrar as próprias expectativas também é ruim à beça e eu acho que isso influencia diretamente na imagem que fazemos de nós mesmos. Quantas vezes nos consideramos menos capazes por termos errado ou por não estarmos no melhor dia para entregar todo nosso potencial a uma atividade?
O perdão não serve só para as outras pessoas, mas para nós também. Por quanto tempo vamos ficar nos julgando por erros pelos quais não podemos fazer mais nada a respeito? E até quando a gente vai deitar para dormir e ficar lembrando daquela mancada que cometemos há tempo demais para ser considerado recente? Eu sei que você faz isso. Muita gente faz isso. Mas se a gente parar para pensar é um tempo muito mal gasto. Podendo sonhar acordados antes de dormir, a gente prefere se cobrir de coisas que não podemos mudar.

Esses dias eu estava aqui me cobrando por causa de um trabalho que não consegui desenvolver como queria. Acontece. Dá para aprender com isso, olhar para a experiência como parte de um todo, que um dia vai ficar bonito, mesmo que esteja meio (ou completamente) bagunçado agora. Mas dar o passo seguinte, levantar disposto a tentar, se refazer, arriscar mais uma vez, só acontece quando a gente se perdoa. E também quando aceita que errar faz parte, não é o fim do mundo.

Acredito que o perdão tem muito a ver com entender que os erros fazem tão parte do outro quanto fazem parte de mim. Podem não aflorar do mesmo jeito, mas afloram de outro, de qualquer jeito. Não dá para fugir. Não dá para viver se escondendo no medo de errar e se agarrar a todos os erros passados para justificar o medo de errar no futuro. Perdoar é uma questão de aceitar (que a gente erra, que as pessoas erram e que isso não necessariamente define alguém) ou surtar. Como eu não quero surtar e pretendo continuar progredindo, já sei o que escolher. E você? ♡


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Publicado por

Elisa Alecrin

Provocando a realidade de dentro para fora e documentando o processo.

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