Meu Primeiro Single | O Que É Meu

Faz um tempo que não tenho encontrado as palavras certas para conseguir blogar na mesma frequência de antes. E também faz um tempo que tenho pensado em deixar esse espaço aqui para dividir só coisas muito legais (achados, dicas, experiências) e só quando meu coração pedir, me libertando de qualquer obrigação de postar. Por isso dei uma senhora sumida do blog. Mas não foi nem para isso que eu comecei a digitar hoje. O motivo hoje é especial de tantas maneiras diferentes, que eu não sei se vou conseguir expressar todas elas.

Em 2013, quando minha vida estava meio virada e o sonho da música estava meio esquecido e empoeirado, eu jamais poderia imaginar o que está acontecendo hoje. E não que eu esteja no topo do mundo, mas não posso deixar de considerar todas as coisas que me trouxeram aqui, o tanto que eu já deixei pra trás. Quando me apaixonei por ukulele eu não tinha ideia do quanto esse instrumento significaria na minha vida. Não tinha noção do tanto de gente incrível que eu iria conhecer, das experiências resultantes do meu amor por esse carinha de quatro cordas. Mas também não vim falar disso, pois já falei sobre a minha relação de gratidão com o ukulele em outro post/vídeo.

Na última sexta-feira saiu meu primeiro single! No meu canal do YouTube e nas plataformas digitais. E eu estou tão feliz com isso que não tenho muitas palavras para descrever. Estava tão ansiosa para ver minha música no Spotify, por ser usuária assídua, que passei o fim de semana com frio na barriga e repetindo para mim mesma “caramba, eu tô no Spotify”. E o mais especial de tudo é que a música “O Que É Meu” fala muito sobre tudo isso. E é dela que eu vim falar nesse post!

Eu comecei a escrever essa música na metade do ano passado. Passei um período bad vibes porque achava que meu trabalho não crescia. E isso aconteceu porque eu estava muito preocupada em comparar o que eu fazia e os resultados que eu obtinha com o trabalho e os resultados de outras pessoas. Nem preciso dizer o quanto isso é desgastante. Cada um tem a sua própria trajetória, suas próprias conquistas, seu próprio tempo para sair de um lugar e chegar em outro. Não adianta desanimar ou desistir do que a gente sonha baseados em comparação. Nunca vai ser igual. Não dá para a gente basear nossa vida nas experiências de outra pessoa.

 
Além disso, aquilo que a gente vê como pouca coisa ou acha nada demais naquilo que a gente faz, pode ser muita coisa para quem recebe. Às vezes a gente espera ter mais e ser mais antes de começar a fazer alguma coisa, mas isso só atrasa, na verdade. A gente se aperfeiçoa colocando a mão na massa e se lançando em direção ao lugar onde a gente quer chegar. Pode ser pouco do nosso ponto de vista, mas pode ser muito do ponto de vista das pessoas de fora. E mesmo que seja realmente pouco, o pouco também é alguma coisa.
 
E, finalmente, “O Que É Meu” é uma música sobre sonhos. Sobre fazer o que a gente sabe e pode e acreditar que vai dar tudo certo. Porque, sinceramente, é só o que a gente pode fazer e é muito. Aquilo que é para ser nosso, vai ser nosso. Não precisa de competição com ninguém. Não precisa se atrapalhar tentando ser igual a ninguém. Não precisa tentar prever o futuro. Viver é agora. Sonhar é agora. E fazer alguma coisa, confiando que vai dar certo, é agora também. Então, vamos ficar numa boa e ouvir muito a minha música. Combinado? ♡
 
 
Disponível também no YouTube e nas plataformas de streaming de música
 
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Show do Rouge com a galera da escola

Começou quando eu soube que as meninas se reuniriam pra um show no Rio de Janeiro. Desconfiei e depois de conferir 732 links diferentes, eu dei uma leve surtada e gravei um cover de Não Dá Pra Resistir pra poder compartilhar minha empolgação de alguma maneira.
Quando elas o Rouge lá do começo, eu era bem pirralha e nem teria cogitado ir a um show porque minha vibe era maioritariamente Sandy & Junior naquela época. Mas o que eu dancei de Ragatanga com minhas então amigas não é algo possível de ser contado. Até lembro que a primeira vez que cantei pra um monte de gente (a minha turma numa aula de artes cênicas) foi uma música do segundo álbum C’est La Vie, a música se chama Eu Quero Fugir (é uma versão da música Runaway da banda The Corrs).
Chegou o dia da venda dos ingressos. E eu, esperta toda vida, só soube quando todos os ingressos pro primeiro dia de show já tinham esgotado. Mas fiquei tranquila porque a minha vontade de ir era tão genuína que eu sabia que eu ganharia alguma promoção de rádio ou sei lá. Eu ia dar um jeito de estar lá, por todos os bons momentos da minha infância.
Nem duas horas depois disso e eu me surpreendo com um grupo no Messenger e a seguinte mensagem: 
“Se arrasei? Arrasei muito! 
INGRESSOS PARA O SHOW EXTRA COMPRADOOOS!
(…) Tenho para todas vocês
Comprei sem saber se vocês iriam mesmo RISOS”
Pois bem, um amigo do ensino fundamental (na foto abaixo) que eu não via desde aquela época (conta aí uns dez anos pelo menos), comprou ingressos pra mim e pras meninas que a gente andava na escola! É claro que ele e as meninas mantiveram contato durante esses anos (eu que sempre fui mais afastada – geograficamente principalmente). Imaginem uma explosão de felicidade, nostalgia, animação e surpresa (a LDA funcionando lindamente – não sei por que ainda me surpreendo, mas deixa assim).

Eu, Cynthia, Daniela, Vinícius e o Meme do Dia que era fala padrão da Monique (que encontrou com a gente já no Vivo Rio)
Confesso que interações sociais (ainda mais com uma galera que eu já perdi o costume) me deixam deconforável, mas quando encontrei com as meninas e elas começaram a falar, foi como se tudo fosse exatamente a mesma coisa de antes. Fiquei sabendo mais delas e elas de mim e foi um prazer enorme conhecer a casa e a vida do Vinícius!
O show foi demais e ouvir aquelas músicas que fizeram parte de tantos momentos bons foi incrível! E eu fiquei com o coração quentinho percebendo a preocupação mútua do pessoal em saber se todo mundo tava curtindo ou enxergando bem (ainda mais eu que sou nanica). E dizer o que mais? Eu já sou super fã de ir a shows porque sempre saio de lá com ainda mais certeza de que música é pra mim e pra minha vida!
Fica aqui o agradecimento a essas pessoas que eu não via há muito tempo e sobre as quais eu paguei a língua ao desdenhar do passado. Obrigada por me fazerem perceber que eu tava errada! ♡
P.S.¹: Um beijo pra Nathasha, que não pode ir ao show com a gente, mas sempre foi parte das biongueiras.
P.S.²: Quase não falei do show propriamente, mas se tiverem alguma pergunta, qualquer coisa, fiquem à vontade pra perguntar que eu respondo tranquilamente!
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VLOG | GRAVANDO EM ESTÚDIO

Começou quando o Leandro Lima me encontrou no Instagram e entrou em contato comigo bem na época do especial de 5 mil inscritos do canal. Depois eu fui conhecer o Thiago Maximino, que gostou das minhas composições e me chamou pra gente produzir algumas faixas. Daí quando percebi meu primeiro trabalho autoral começou a nascer e eu quase não me dei conta!

Um dia paro pra contar detalhadamente essa história, mas por hora só quero contar como foi meu primeiro dia trabalhando nas minhas músicas nas instalações da RecHouse. Foi lindo! E aqui eu nem tenho medo de parecer deslumbrada com a experiência. Vocês têm noção que eu sonho com isso praticamente a vida inteira? Ver as músicas que eu escrevi na solidão do meu quarto ganharem forma e arranjos incríveis é uma experiência que não tenho palavras pra descrever.

Marcos Oliveira no piano e Thiago Maximino comandando a mesa de som
É um trabalhinho que dá, mas é gostoso, divertido de ver acontecer, de estar ali e se dar um tanto mais pra um negócio que é uma extensão de você, uma legenda sua, uma tradução de pensamentos seus. Fui vendo tudo acontecer com olhos brilhantes e brincando que não ia chorar (não naquele dia), porque afinal de contas foi uma de várias experiências que eu pretendo ter na vida, então a gente faz de conta que nem tchum, mas por dentro tá tipo: EU NÃO TENHO MATURIDADE PRA ISSO!
Acordes, refrões e efeitos legais depois, meu pai (que é a pessoa que menos envolvida nos meus projetos) teve uma provinha do que tá acontecendo ali e ou eu tô bem louca ou vi os olhos dele marejarem. Os meus marejaram junto, porque é importante demais pra mim que as pessoas do meu convívio saibam como aquilo é importante pra mim, porque é a minha maneira de existir no mundo e ter voz nele.
Caguei se eu tô parecendo piegas com esse texto! Música é uma parte fundamental de mim, senão tudo o que eu sou. E eu me emociono quando percebo que as pessoas percebem o quanto eu não sei existir longe disso. Enfim… Fiz algumas imagens, do jeito que deu, com o celular e muita vontade de compartilhar o que dava numa espécie de vlog que vocês podem conferir a seguir:

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