UKULELE COVER: Jingle Bell Rock (Bobby Helms)

Nem acredito que já estamos no dia 24 de dezembro! Eu espero o ano todo por este dia e nunca estou exatamente preparada quando ele chega. Estou feliz de cair num sábado, que é dia de vídeo no canal. Vim comemorar tudo por aqui com música! Se você é da geração Meninas Malvadas, vai conhecer essa música com certeza.
Acho que esse é um dos vídeos que eu mais ralei pra dar certo em 2016. Foram muitos momentos de instabilidade relacionados ao blog e depois parece que tudo deu uma guinada. Estou muito feliz com meu trabalho por aqui, mesmo que o blog não seja grande e nem super conhecido. É tudo feito com muito carinho.

Espero de coração que vocês gostem do vídeo e, só pra constar, hoje é meu aniversário (nunca sei o que é se portar como aniversariante)! Feliz natal pra vocês

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Eu tô bem! É só a vida acontecendo

Às vezes a vida muda a nossa rota tão rápido que a gente não tem tempo pra respirar, pra pensar ou pra responder às perguntas que estão fazendo à nossa volta. E a gente fica andando de um lado pro outro tentando absorver e entender tudo, ao mesmo tempo que tenta interagir sem parecer perturbado demais.

Estou acostumada ao sossego, ao silêncio e à calma. Mas tenho fascínio pela agitação e uma dose bem suave de caos. Eu só não tenho estômago nem organização suficientes pra isso. Sempre tenho a sensação de que vou vomitar meus órgãos ou esquecer alguma coisa muito importante que vai fazer todos me olharem com desprezo.
Enquanto um furacão acontece na minha barriga e na minha cabeça, tem um monte de gente do lado de fora dessa minha perturbação esperando respostas precisas, explicações e satisfações. Eu só consigo pensar que nem eu sei o que tá rolando e não me sinto obrigada a explicar nada, mas me sinto impelida a agradecer por tudo.
E mesmo em meio aos meus agradecimentos, parece que estou esquecendo alguma coisa e eu fico com medo da vida adulta. E paro pra pensar que isso é muito esquisito e fico tentando imaginar o que achariam disso tudo. Brigo comigo mesma mentalmente porque não deveria me importar com o que achariam disso tudo.
Sabe, eu tenho caminhado um bocado e isso pode não fazer diferença pra você, mas faz pra mim. A vida voando, eu me esbarrando em paredes e pessoas, descobrindo lugares, aprendendo caminhos. As coisas vão acontecendo tão rápido, passando tão depressa e eu nem tenho jeito pra explicar. Vou olhando pra tudo atônita, encantada e morrendo de medo. Enquanto meu estômago se revira, eu tento respirar fundo e pensar que eu tô bem e que vai ficar tudo bem, só pra não passar mal de ansiedade. Olho pra janela, vejo a estrada escura e tento imaginar como vai ser daqui a uma semana.
Eu faço planos e quando percebo as coisas já estão acontecendo. Eu não me preparei, mas sonhei muito com esses momentos. Mesmo assim nada adianta. Não estou psicologicamente preparada pra vida acontecendo e fico que nem louca de um lado pro outro. Muito feliz, muito assustada e concentrada tentando manter as expectativas neutras e os pés no chão.
A vida tá me encontrando mesmo eu achando que estava me escondendo. Mas no fundo eu sei que o que eu mais queria era ser encontrada. ♡

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A despeitada do ensino médio e afins


Talvez eu seja desprendida demais e você seja muito agarrado ao passado. Talvez a gente lide exatamente com o tipo de pessoas que vai dar conta. Ou talvez eu esteja falando muita besteira e não saiba nem por onde começar a pensar direito. Acho bem provável, mas também queria entender as distâncias, os encontros e tudo aquilo que acontece meio porque a gente planejou, meio porque foi tudo acontecendo meio sem querer.
Eu não vejo meus amigos da época da escola faz muito tempo e não tenho exatamente vínculos na faculdade. E aí vejo grupinhos, reencontros e fico me perguntando se eu sou mesmo muito estranha ou se essa nostalgia é exagerada. Ok, talvez eu seja bem estranha mesmo. Mas encaro a vida como uma coisa que segue. E muita gente fica pelo caminho mesmo.
Vejo a galera que eu conhecia ainda mantendo as mesmas amizades e me sinto muito nômade. Tenho dois ou três amigos daquela época e olhe lá. A maioria não faz mais parte da minha vida e eu acharia bem desconfortável tentar encaixá-los mesmo que por um breve momento.
Talvez seja um pouco de despeito da minha parte. Ao mesmo tempo que fui me desprendendo de todo mundo, fui me sentindo bem dispensável e é esquisito você ver algo continuar igual enquanto você não consegue mais fazer parte, às vezes mesmo querendo.
Mas num impulso, resolvi ressuscitar aquele velho grupo em que ninguém mais falava. Não é que eu tenha esperanças de ter uma coisa que nunca tive, mas também não é que eu não tenha. Eu só preciso saber que não é culpa minha e que não sou sempre eu quem está afastando as pessoas.

[Esse texto virou uma música e você pode ouvir aqui]

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