
Tem sido muito difícil descobrir o que fazer, do que falar e como me comportar neste espaço chamado internet. Primeiro porque tem muita gente dando ordens o tempo inteiro. E eu não fiquei imune a isso. Também tenho minha quota de postagens com frases no imperativo e isso é uma coisa que tem me incomodado. Parte porque é chato e parte porque funciona. As pessoas ainda ainda não aprenderam a rejeitar ordens de estranhos e soluções mágicas. Ao mesmo tempo ninguém para de reclamar que a internet está cheia disso.
Enfim, tenho sentido muita dificuldade em escrever. Escrever pra me expressar e não pra comunicar alguma coisa pra alguém. Sinto falta da minha versão cronista do começo da blogosfera (sim, eu estou aqui há muito tempo), que expunha mais do que precisava, de um jeito que fazia bastante sentido — talvez mais pra mim do que pros outros.
Eu cansei da ideia de ter que ceder a uma performance. E da tentativa, até o momento inútil, de fazer as pessoas embarcarem nas minhas ideias tentando apelar pro que chama a atenção delas (e falhando miseravelmente) e deixando morrer o que é real e verdadeiro em mim. Eu nunca quis fazer um trabalho de fachada e tenho horror à ideia de viver minha vida tentando agradar aos outros e me perdendo no processo.
Eu quero abraçar a minha esquisitice e falta de vontade de estar online o tempo todo documentando cada detalhe da minha vida, sorridente, bem-disposta e imperativa. E parar de sentir que eu preciso me adequar à uma ideia padronizada do que é ocupar este espaço.
E por último, mas não menos importante: parem de me dizer o que fazer, porque eu também vou parar de dizer às pessoas o que fazer e espero que elas parem de aceitar ordens de estranhos na internet.
💬 Que tipo de conselho você já cansou de ouvir por aí? Me conta nos comentários.
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