Autoconhecimento sem fronteiras

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Aqui você encontra textos de amor, de amizade, de experiências minhas (ou não), desabafos sobre a vida e reflexões do meu próprio processo de autodesenvolvimento.

Só dá para fazer o que dá para fazer

Já faz algum tempo (não sei quanto) que eu apareci com essa ideia de que “só dá pra fazer o que dá pra fazer” e volta e meia eu sou confrontada com essa ideia em terapia, em conversas com minhas amigas e agora, pasmem, nas minhas leituras pessoais de tarô.

Eu acho que aprendi a ansiedade em contextos de falta, em que se eu não fizesse ou tivesse algo imediatamente, eu perderia a oportunidade. E, de alguma forma que faz tanto sentido e é tão óbvio pra mim que eu nem consigo explicar, essa virou minha forma de existir no mundo.

E essa forma de existir não é nem um pouco prática e, embora ela seja praticamente o padrão de vida das pessoas hoje em dia, várias vezes eu sinto como se eu fosse a única que não consegue se beneficiar disso nem um pouco. Sinto que estou sempre correndo (ou fingindo que estou correndo), mas sem chegar em lugar nenhum.

O que funciona pra mim?

Sempre que eu tento seguir o que as pessoas à minha volta estão fazendo, a coisa não funciona muito legal pra mim. Eu preciso entender o que funciona pro meu temperamento, pro meu corpo, pra minha tendência à melancolia e ao isolamento e não forçar demais a barra achando que dá pra fazer o que tá todo mundo fazendo sem maiores consequências às ramificações da minha saúde.

Quase sempre acho que estou devendo alguma coisa pro mundo, que não estou fazendo o suficiente e me sentindo paralisada demais, afundando nos meus próprios pensamentos. É bem cansativo viver dentro da minha cabeça e eu sempre chego à conclusão de que não estou usando este material mental do jeito certo.

Penso que bom mesmo era quando eu me permitia (não sei com que parte de mim) viver como artista e usar todo esse excesso (que só eu sei que existe) pra espalhar algum tipo de encantamento em vez de ficar completamente doida sozinha.

Me recolher e aproveitar

Crio uma rotina nova pela enésima vez, planejo todos os meus passos pros próximos seis meses e daqui a duas horas eu desisto de tudo porque é óbvio que não vou ter a disposição física ou mental pra fazer esse plano funcionar.

Me comprometo a ficar só com o que eu sei que dou conta e a vida responde. Diz que eu preciso respirar, me acalmar, me recolher à minha impotência diante de tudo e aproveitar cada segundo.

Faço o que eu posso (porque é só o que dá pra fazer) e daqui a uma semana eu volto pro mesmo ponto, porque com tantos estímulos, tantos pensamentos, tantas informações e tantos eventos de anúncio do fim do mundo, eu esqueço que existe também a possibilidade de estar aqui pra ser em vez de me gastar tanto em fazer com a esperança de merecer um lugar no céu que não é merecido, mas comprado.


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Qual tem sido a sua maneira de lidar com as urgências, os excessos e com as coisas que você não pode mudar? ⤵︎

A vida é um eterno improviso

Você pode ter muitas intenções, mas a vida vai continuar acontecendo independente delas.

Situações vão continuar atravessando o seu caminho e pessoas vão continuar tentando, nem sempre por mal, interromper o seu fluxo.

Por mais organizada, polida e metódica que você seja, imprevistos sempre vão acontecer.

E não, não é a vida tentando te sacanear.

Ela só está te dando a oportunidade de aprender a ter jogo de cintura e agir a partir da inspiração.

Eu sempre tive medo de dinâmicas de improviso

Eu fiz parte de uma cia. de atores bailarinos e eu odiava as dinâmicas de improviso.

Eu sempre me senti vulnerável tendo que processar ideias ao mesmo tempo que as executava.

Muito disso também era devido ao fato de eu ser uma pessoa tímida, introvertida, com muita aversão à ideia de estar no centro das atenções.

Isso sempre me causou muito desconforto como artista.

Como infoprodutora o controle da narrativa (falada) é maior, então passei um bom tempo sem me confrontar com esse medo.

Terapia e psicodrama

Eu só fui me reencontrar com esse medo quando fiz terapia com uma psicóloga que usa o psicodrama como abordagem – e nas aulas de espanhol.

O psicodrama é uma abordagem de terapia que usa o teatro para diagnosticar e tratar questões de natureza psíquica.zenklub

Não foi um reencontro traumático (a abordagem é muito interessante), mas foi algo que me colocou para repensar esse medo de improvisar, de ter que me virar nos trinta e fazer a coisa funcionar.

A vida não espera você estar preparada para acontecer

Antes da minha primeira sessão de terapia eu pesquisei e pensei muito a respeito desse medo do improviso.

Eu percebi que eu sou o tipo de pessoa que planeja o que vai fazer, o que vai falar e fica tentando prever as situações para ter as respostas certas, porque isso me dá uma sensação de controle.

Mas essa sensação é falsa.

Porque a vida nos dá controle sobre pouquíssimas coisas.

E, de uma maneira geral, a gente está sempre tendo que lidar com improvisos.

As coisas vão acontecendo e a gente vai aprendendo na prática a lidar com elas.

Qual é o valor da intenção?

Isso me fez questionar o valor das nossas intenções.

Porque as intenções podem ser boas, sinceras e articuladas, mas a vida vai acontecer do jeito que ela quiser e nos resta ter jogo de cintura para lidar com o que sai completamente diferente do imaginado.

“Vocês têm duas maneiras de viver a vida”, explicou o dr. Hew Len. “A partir da memória ou da inspiração. As memórias são antigos programas que voltam a ser executados; a inspiração é o Divino transmitindo-lhes uma mensagem. Vocês precisam viver a partir da inspiração.”Limite Zero (Joe Vitale)

As nossas intenções são baseadas em experiências, em crenças e em convicções. Ou seja, em memórias.

Para fluir com a vida, a gente precisa sair do automático, do antigo jeito de pensar e de lidar com as coisas.

A Paula Abreu (em um treinamento) disse que enfrentar um desafio novo exige agir de um jeito que a gente nunca agiu.

Você pode julgar as suas intenções como boas, mas elas podem não ser o melhor, porque a sua perspectiva (por mais incrível você seja) é limitada e baseada em informações pré-existentes.

Agir a partir da inspiração

Na maior parte do tempo as pessoas estão agindo no piloto automático.

Fazendo as coisas por hábito ou porque foi como elas aprenderam e sem questionar muito.

Sim, questionar dá trabalho, pensar as coisas profundamente dá trabalho.

Descobrir que a realidade pode ser bem mais complexa do que a gente pensa dá trabalho.

Mas viver uma vida pela metade por indisposição de sair do automático é pior.

O piloto automático serve para tudo aquilo que se encaixa em rotina: a hora que você acorda, quais são os seus hábitos matinais, a sua forma de escovar os dentes, por onde você começa a organizar seus livros…

Mas quando você quer sair da roda, você precisa despertar, consultar o seu interior, você precisa assumir as rédeas.

Às vezes e por alto, você não vai saber o que fazer, mas se você colocar o tempo e esforço na direção certa (dentro de você), você vai encontrar o que precisa.

Improvisar com a vida

É por isso que falo tanto em seguir a inspiração.

Porque agir no automático só funciona bem em situações calculadas.

Quando você está criando um caminho novo, não pode contar apenas com o que você já conhece.

Criar coisas novas exige contato com sua imaginação, criatividade e inspiração.

Você precisa estar atenta à inspiração que se esconde nos detalhes da sua rotina.

Ela vem de partes de você que você não está acostumada a acessar.

Os pequenos imprevistos do dia a dia te ajudam a treinar para situações maiores e mais desafiadoras.

Improvisar com a vida é entender que nem tudo está sob seu controle, mas o que está é o suficiente para você se preparar para o que não está e se colocar disposta a seguir a intuição. 🖤


Qual foi a situação mais desafiadora que você já passou e como você conseguiu lidar com ela?

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Até mais ✌🏽

O que aprendi com relacionamentos passados

Eu posso jurar que no falecido Orkut tinha uma aba com a opção “o que eu aprendi com meus relacionamentos passados” para responder e deixar no perfil para os amigos verem mas, na rápida pesquisa que fiz, não encontrei um mísero print para validar minha memória.

De qualquer forma, eu sempre imaginei e quis que as coisas que eu aprendi (e ainda aprendo) fossem bem assimiladas por mim mesma e passadas adiante.

Demorou um pouco para ter a segurança mínima necessária para falar de relacionamentos, mas abaixo seguem algumas coisas que aprendi na prático e que eu espero que possam ser úteis para alguém.

Ciúmes são uma imensa perda de tempo e de energia

Eu mesma relutava com a ideia de que ciúmes significavam insegurança, até perceber que é verdade.

Quando você é obrigada a rever onde está errando e descobre o valor que você tem, o medo de perder alguém acaba virando algo do tipo: se você fizer algo para me perder, você é muito trouxa, porque eu sou maravilhosa. 😌

E não é que você não sinta nada pela pessoa ou seja indiferente, mas você entende que há coisas mais importantes na vida para se investir seu tempo do que ser babá do seu parceiro ou parceira.

Quem perde é quem vacila. Ponto. Encha a sua cabeça do que você ama fazer e se ocupe para não embarcar em inseguranças.

Se sua família não gosta dessa pessoa, pode ser que realmente tenha alguma coisa errada

É claro que existem famílias diferentes e nem todas elas estão preocupadas com o bem-estar de seus membros, mas se a sua família é do tipo que cuida de você e quer te ver bem, repense se a implicância tem ou não razão de ser.

A pessoa apaixonada fica meio burra, então pode ser difícil enxergar as coisas com clareza. Seus pais podem ter razão quando acharem aquele cara meio estranho. Você dificilmente vai perceber por estar envolvida na situação ou por ser quem a pessoa está tentando agradar.

Antes só do que mal-acompanhada ou fazendo alguém sofrer

Não, você não precisa ter alguém o tempo todo. E não adianta nada ter a companhia de outra pessoa se você não suporta a sua própria companhia.

Não tenha medo de estar só com você, de se conhecer, de ter tempo para fazer só o que você quer fazer sem ninguém para te contrariar.

E, sobretudo, prefira estar na sua própria companhia quando a outra pessoa estiver roubando a sua alegria e a sua paz ou vice-versa.

Um amor só se cura com outro amor: o amor-próprio

O ministério da autoestima adverte: ame-se!

E isso não tem nada a ver com você ter que ser uma pessoa perfeita, mas justamente entender e aceitar que você não é e respeitar o seu tempo, os seus gostos e principalmente os seus limites.

Não se contente com nada menos do que o que você quer e merece. Aprenda a abrir mão de algo que decididamente não vai ser bom para você, a se amar e cuidar da pessoa incrível que você é.

Quebrar a cara faz parte

Se você chegou até aqui, leu todos os tópicos anteriores e achou besteira, saiba que quebrar a cara é inevitável e faz parte de aprender a se relacionar com os outros e consigo mesma.

Às vezes as dicas, os conselhos e as broncas das pessoas não adiantam nada e só te resta aprender na prática. Não é nada gostoso, mas a longo prazo, te faz perceber que sem isso você não teria aprendido coisas muito importantes e decisivas na sua maneira de ser e de agir.

O que você tá chamando de amor?

A gente confunde muito as ideias do que é amor, paixão, obsessão…

Dificilmente você vai conseguir mensurar isso sem entender que um relacionamento não funciona sem o resto da sua vida acontecendo. Você precisa ter alguma coisa dentro de você além de espaço para ocupar com os interesses de outra pessoa.

Saiba quem você é

Quais são os seus interesses? O que é importante para você? Quais são suas metas, seus sonhos, seus hobbies? Saiba quem você é e não se perca na personalidade de outra pessoa.

Você é uma excelente companhia para os outros quando aprende a ser uma excelente companhia para si mesma.

Pensar em si não te faz egoísta, mas te torna alguém interessada em ter um relacionamento saudável com a única pessoa que sempre vai estar com você em todos os momentos: você mesma.

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