Autoconhecimento sem fronteiras

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Aqui você encontra textos de amor, de amizade, de experiências minhas (ou não), desabafos sobre a vida e reflexões do meu próprio processo de autodesenvolvimento.

Como a vida vai e a gente fica

Photo by Tycho Atsma on Unsplash

Eram duas da tarde. E o sol já tinha derretido a minha energia. Mas eu te encontrei. Te olhei de longe porque era tudo o que eu podia. Pensei em dizer que você fica bem de azul, mas preferi guardar pra mim o pensamento. Cansei de desperdiçar palavras tentando te mostrar que me importo.
Eu me importo sim, me importo muito. Mas se amanhã der tudo errado, eu vou aprender a não me importar mais, porque a vida segue e eu não posso ficar parada. Então não precisa pensar por mim, eu sei fazer isso. Não precisa agir por mim também, eu não mordo e não vou me dar o trabalho de ir até você.
Ninguém entende, eu nunca entendo e não sei se você mesmo consegue entender. O discurso é redondo, mas no final das contas são só palavras. Que podem significar muita coisa, inclusive nada. Então, hoje deixa assim. Nenhuma palavra, porque é menos doloroso. Nenhuma aproximação porque é menos perigoso.
Eu posso ficar com as impressões, porque te vendo assim, de longe, tudo é muito bonito. Mas se você não vem, tudo não passa de ilusão e eu só fico aqui pensando em dizer e nunca digo:
– Se decidir vir, venha de azul. Te achei tão bonito. 
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Perdendo o controle


Às vezes a gente toma umas chacoalhadas e percebe que estava tão por fora, tão desconectado de tudo que chega a parecer óbvio. Mas não era. Não quando a gente estava andando na direção errada. Mas ainda bem que cada dia é uma nova chance e as respostas não se escondem pra sempre.
 
Eu tive sorte. E reconheço que nem todo mundo tem as mesmas chances. E reconheço que faço corpo mole pra muita coisa que exige pulso e decisão. Sim, estou cansada disso. Mas também não gosto de ficar enfatizando coisas que não precisam ser ditas, mas mudadas. Se eu não tiver força o bastante pra mudar, pelo menos também não terei desperdiçado as palavras.
 
Mas sim, hoje é só pra dizer que eu entendo e desisto de tentar fazer sempre do meu jeito. Porque toda vez que eu tento, sempre me deparo com as mesmas soluções. Não dá pra fugir de quem somos de verdade ou do que realmente se trata a nossa existência. Podemos bater a cabeça contra a parede várias vezes, mas sempre estaremos de volta ao mesmo lugar.
 
Por isso, hoje só quero me sentir agradecida pelo tanto de respostas que encontrei, mesmo sem procurar e menos ainda merecer. Ainda assim, elas chegaram na hora certa e me ajudaram a enxergar com mais clareza. Tudo sempre no seu momento certo, uma feliz coincidência.
 
A vida segue e a gente precisa seguir também. Sabendo ou descobrindo a hora de parar e de recomeçar. E de se render e não controlar tudo, porque é justamente na mania de controlar tudo que a gente perde o controle.
 
Então, eu me rendo. ♡

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Poem A Day – O Fim

Photo by Doan Nga on Unsplash

Chegou. Inevitavelmente e como sempre. Fazendo os detalhes de ontem passarem diante dos meus olhos, me fazendo repensar a vida. Nunca é só triste ou só feliz, mas sempre chega. O que de certa forma conforta. E também apavora.
Considerando tudo o que eu vi nos últimos meses, acho um alívio. Mas não posso ser ingrata e dizer que não vivi nada que me fizesse crescer. E é isso que os fins trazem de bom, afinal. A gente sempre põe a vida na balança e decide que lado vai deixar pesar mais, se existir opção.
Vou. Com nada além das memórias e lições que aprendi. Vou com meu coração cheio de vontade de se esvaziar pra ter mais espaço pra amar. Vou com esperança e com desejos de fazer mais por onde eu for. Vou e deixo os erros, os desamores, os desafetos e as lágrimas pra trás. Vou e em breve me encontro amanhã. Fim

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Poem A Day – A fantasia


Na minha fantasia as pessoas trabalham porque gostam, e não por migalhas que não compensam o aborrecimento. E, na mesma fantasia, a moça que interrompe as minhas cópias não tem bafo de café e é feliz de verdade quando atende o telefone e diz “ah, oi amor”. Nessa fantasia que me faz sorrir a cada dez minutos, enquanto gasto minha energia por suados sete reais a hora, o tempo não passa tão depressa e ao mesmo tempo tão arrastado.
As pessoas não me olham atravessado porque faço amizade mais fácil com o sexo oposto. A moça que eu atrapalhei sem querer diz “tudo bem” quando eu peço desculpas. Eu não derrubo todos os grampos de papel por falta de atenção. O banheiro compartilhado não é tão fedorento e a torneira não molha toda a minha blusa. A Alameda não está parada e acordar às cinco não me dói até o último fio de cabelo sonolento.
Você pode me achar bobinha por fantasiar tanto, mas é mais bacana pensar que você mora a quinze minutos de mim, do lado da padaria que tem o melhor sonho do bairro. Todas as tardes são ensolaradas, com céu colorido e um ventinho frio que te traz pra mais perto ao som da sua música favorita. Eu não digo, mas essa música sempre me emociona um pouco. Várias fichas sobre o que eu penso da vida caem. E apesar de parecer meio doida aqui no canto, rindo sozinha e cantarolando, é essa a fantasia que eu visto, quase como uma armadura, pra enfrentar os dias, os gigantes e as saudades. ♡

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Poem A Day – As margaridas


Por um momento eu esqueci de viver. Fiquei olhando pro nada, tentando inventar uma vida mais fácil pra você. O que eu estava pensando? Cada um carrega os seus próprios pesos e nessa eu acabei esquecendo dos meus. Falei demais de novo. Pisei além da faixa que demarcava meu limite. E agora estou aqui corroendo de vontade de te ver e me escondendo de todo mundo de novo. Mais uma tentativa não saudável de ver alguém sorrir espontaneamente na minha direção.
Da última vez que eu esqueci da realidade assim, você estava aqui quando eu acordei. Era só a minha imaginação, eu sei, mas parecia de verdade. O dia nublado lá fora, o despertador na soneca, as margaridas murchas no criado-mudo. Tinha mais detalhes do que eu conseguia reparar, porque eu só via você.
Quando despertei da viagem ao mundo da imaginação, ainda estava deitada entre a sua mensagem e a hora de levantar e encarar a vida. Foi quase como viver tudo de novo, mas sem a melhor parte. Foi quase como se você realmente tivesse passado por aqui. Quase. O dia estava mesmo nublado e o despertador na soneca. Mas eu soube quase instantaneamente ao abrir os olhos que não passou de um sonho. Você jamais teria esquecido de me trazer margaridas.

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Poem A Day – O cabelo

Eu escutava todo aquele papo de “debaixo dos caracóis” e não achava graça nenhuma. E eu nem saberia te dizer o porquê. Acho que enfiaram na minha cabeça que não era uma coisa legal. Talvez pelo simples fato de ser fora de padrão, por parecer pouco arrumado na época, sei lá. Eu detestava e chorava e passei por maus bocados. E aí eu caí pra dentro dos procedimentos pesados. Deixei que levassem minha identidade. E fiquei disfarçada, meio parecendo com todo mundo, por alguns anos da minha vida. Mas dentro de mim uma voz bem pequenininha de vez em quando tentava fazer minha cabeça, ou melhor, meu cabelo.

Não foi sem relutar, sem pensar algumas boas vezes, sem querer desistir, sem me achar bonita que eu passei pela fase de transição mais bacana da vida. Porque eu não mudei só por fora, não mudei só a aparência, não só aprendi a aceitar características que nasceram comigo. Foram muitas coisas que mudaram, principalmente ao redor. Hoje eu me sinto livre e isso traz uma série de razões implícitas. Coisas que o tempo explica, descobre, faz perceber.
Ainda estou perdendo o medo de ser vista, de ser notada. Ainda estou tentando me desfazer de apegos a histórias que não cabem mais nas minhas mãos. Ainda estou esperando o cabelo crescer, a noite cair, a música tocar e você chegar. Eu era criança só uma criança quando ouvi, mas hoje sei que é verdade: “debaixo dos caracóis dos seus cabelos, uma história pra contar, de um mundo tão distante…” ♡

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Poem A Day – O verão


Estava claro demais e o ar pesado demais. Meu corpo se arrastava de um cômodo a outro enquanto eu pensava em tudo o que me disse. Doeu como um tapa. Um tapa na minha pele ardendo do sol. Parece que as coisas se agravam mais quando esquenta. Pode ser só impressão, mas antes do sol surgir tudo estava calmo.
Eu lembro, meu bem. Nós dois aqui deitados, sentindo o tempo passar. E quando os primeiros raios de sol começaram a esquentar, nós começamos a ruir. E a luz que invadiu a casa mostrou toda a poeira que nós acumulamos. Entre os dedos, entre as desculpas. Poeira que a gente varria pra baixo do tapete. As brigas também esquentaram e o frio que nos mantinha unidos, pra que pudéssemos nos aquecer, foi embora. E com tanto calor, só queríamos distância.
Não, o verão não chegou. O que chegou foi a verdade. E ela ilumina todos os cantos escuros, esquenta todos os cômodos, fazendo com que todos saiam, e cansa mais do que a gente imagina. Mas é nessa maratona na busca por sombra e água fresca que descobrimos quem realmente somos.

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