Autoconhecimento sem fronteiras

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Aqui você encontra textos de amor, de amizade, de experiências minhas (ou não), desabafos sobre a vida e reflexões do meu próprio processo de autodesenvolvimento.

Tranquei a faculdade e estou bem com isso

Foi numa conversa aleatória pré consulta com a dentista que eu encontrei as palavras pra falar sobre isso. Ela me disse “seu negócio é cantar”. E não fosse a falta de intimidade e de contexto eu juro que teria dado um abraço nela. Mas só concordei com força e me surpreendi, porque vivo tentando me justificar pra um monte de gente que não tem nada a ver com a minha vida. No entanto, alguém na posição dela, que poderia facilmente me julgar, entendeu o meu lado sem eu sequer mencionar os meus motivos.
Sou o tipo de pessoa que tenta. Cursei um semestre de psicologia, mas não conseguia me imaginar trabalhando na área (de forma alguma). E apesar de ainda gostar muito de tentar decifrar a mente humana, abandonei. Era uma mensalidade cara e horas perdidas de sono por uma coisa com a qual eu nem conseguia me ver trabalhando.
Alguns anos mais tarde e já de saco cheio de fazer o ENEM (nem fiz tantas vezes assim, mas é um exame cansativo), consegui ingressar no curso de estudos de mídia (na UFF). Tinha bastante a ver com as atividades em que eu já me encontrava (e ainda me encontro) e acreditei que nesse curso eu, enfim, conseguiria me encontrar.
Acho que romantizei demais a experiência acadêmica e me vi mais uma vez saindo de casa obrigada. Ia pra faculdade ansiosa pra voltar pra casa e apesar de achar os assuntos das aulas (algumas delas) interessantes, eu sempre me sentia perdendo um tempo que poderia estar investindo em alguma coisa que me empolgasse de verdade. E me sentia completamente deslocada e infeliz quando estava lá.
Pode ser que eu também esteja romantizando o fazer as coisas por prazer, mas decidi trancar minha matrícula. Me dar mais tempo pra investir (dessa vez de verdade) naquilo que realmente me interessa. E não tranquei só com a promessa. Algumas coisas passaram a realmente acontecer e deixaram de ser apenas coisas com as quais eu sonhava. E percebi que se eu me dedicar de verdade, posso ver mais coisas acontecendo. Resolvi abraçar a oportunidade. E, como não sou exatamente boba, a faculdade tá lá. Posso voltar se eu quiser. Não terei essa alternativa pra sempre, mas por enquanto tenho.
No mais, ingressar numa faculdade nunca foi uma cobrança familiar. Tudo o que fiz foi apoiado, mas não obrigatório. Tenho plena consciência do meu atual status e não estou parada esperando as coisas caírem do céu (como algumas pessoas não falam, mas gostariam). Não vou morar com meus pais nem depender do suporte financeiro deles pra sempre. Eles sabem disso e sabem que tenho corrido atrás das minhas coisas. E, na real, eu nem precisava escrever isso aqui. Eles sabem e isso basta. Mas acho que, de certa forma, eu queria colocar isso pra fora. Eu não estou vagando sem rumo. Tá bem?
Então, é isso. Vocês vão me ver cada vez mais por aí! Aguardem… ♡

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Fique com a saudade


Ela não era do tipo que se apagava e você devia saber. Ela era pássaro livre. Mas você ficou contente em abafar a chama, em vê-la aprisionada. Ela era do tipo que acreditava até perder todas as esperanças, mas você sabia que ela jamais voltaria atrás quando se desse conta que nunca houve verdade. Talvez por isso todos os cenários falsos, as falas programadas, o papel de herói foram seus aliados. Você sabia que ela jamais seria sua se pudesse te ver de verdade, porque ela era real demais pra caber nas suas mentiras.
Ela era pássaro com a asa machucada, acreditando que não poderia mais voar. Você ofereceu a mão e uma carona. E enquanto prendia a atenção dela com um mundo irreal, mantinha a ferida aberta, pra ter certeza de que ela não iria a lugar algum. Ela tentou voar pra longe várias vezes, mas suas armadilhas a atraíam de volta. Então, ela ficou. Se desiludiu, murchou e chorou vezes demais. Mais do que era necessário, mais do que era aceitável, mais do que era permitido alguém chorar.
Um dia, como por mágica, ela acordou não curada, mas bem o bastante pra bater as asas pra longe. Longe o bastante pra não te enxergar. Longe o bastante pra não sentir mais, não doer mais, não sofrer mais. E só assim ela conseguiu ver que não precisava do seu cativeiro, do seu alimento, do seu estranho afeto, do seu controle. Ela não precisava cantar pra você, se exibir pra você e nem te agradecer por nada. E ela estava, enfim, livre pra descansar e curar suas feridas.
Hoje ela voa, ela canta, ela existe e não se esconde. Hoje ela quer mais, ela sabe que pode, que não se apaga e que foi feita para voos altos. De você ninguém mais sabe. Um predador, um mau caráter, um alguém pra se manter distância, um alguém pra nunca mais se ouvir falar. Ela ficou com os olhos abertos, com ensinamentos e lições da vida que não vai mais esquecer. Ficou com cicatrizes, com lágrimas secas no rosto, mas sempre pronta a recomeçar. Ficou com a liberdade, com os sonhos, com o impulso de voo.
Você ficou com o mesmo. Ficou o mesmo. Ficou pra trás. Ficou com os restos. Ficou à espera de uma resposta pra uma pergunta inventada e sem resposta, mais uma armadilha criada por você. Ficou com o brinde, com o que não preenche, com o que não distrai, com o que não colore, com o que nunca vai ser. Pois fique. Mas fique longe, pois não sabe manter perto. Fique em paz, mas fique onde está. Fique com a lembrança do que poderia ter sido, mas não foi. Fique e entenda que ninguém fica porque você quer, mas porque é bom ficar. Fique com a saudade do que ela nunca foi de verdade quando estava com você.
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Trezentos e tantos dias e além

Photo by Evan Kirby on Unsplash

Me deixa ser alguém que te traz paz. E não me deixa nunca esquecer que é esse alguém que eu devo ser. Que o tempo e a vida não desfaçam o calor que eu sinto no peito quando você tá por perto. Que nunca seja o bastante o tempo que eu passo com você e que você queira sempre voltar.
Eu prometo fazer o possível pra te fazer rir sempre, mesmo querendo chorar. Prometo segurar sua mão sem dizer nada quando não houver nada a ser dito. E eu espero te olhar com encantamento todas as vezes que te encontrar. Como se fosse a primeira vez, como se fosse o primeiro beijo. Como se você tivesse passado seu braço ao redor do meu pescoço e me feito perceber que havia mundo fora da minha bolha. E eu ainda lembro como aquilo foi inesperado… ♡

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