Coisas que aprendi na escola

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Photo by Scott Webb on Unsplash

É claro que este post não tem absolutamente nada a ver com as matérias que eu aprendi em sala de aula. Até porque eu lembro de pouquíssimas coisas. E por muito tempo eu me neguei a enxergar a escola como alguma coisa além de uma fase que passou (e ainda bem que passou). Não vou entrar na questão do patinho feio (que eu era), mas trazer toda a bagagem de aprendizados que eu tive na época da escola. Estou englobando todas as séries e fases neste post, citando coisas que trago pra minha vida de uma maneira ou de outra. Então, vamos lá!

Cuidado com as companhias
Quando a gente está se descobrindo é muito comum se juntar com as primeiras pessoas que dão um pouco de crédito e atenção pro que a gente faz ou fala. E quando você não tem muita noção das coisas, fica fácil ir na onda e aceitar ser menos verdadeiro consigo mesmo pra pertencer a um grupo de pessoas ou uma amizade que não vai acrescentar nada na sua vida. Prestar atenção se as pessoas com quem eu me relaciono são realmente o tipo de pessoas com quem eu quero me relacionar ou me parecer foi o que ficou da época da escola. Para boa parte das análises que eu fiz ao longo da vida, a resposta foi não, então foi ficando mais fácil abrir mão de certas companhias.
Não esperar validação dos amigos
Por mais que uma pessoa queira muito o seu bem ou por mais que ela seja uma boa pessoa de uma maneira geral, isso não significa que vocês vão ter as mesmas opiniões sempre. E também não significa que aquela pessoa vai saber o que te dizer e como te dizer. Em uma certa fase da escola, eu contei muito com a aprovação de um grupo que se tratava como menos em detrimento de um dos membros (que não era eu). Minha autoestima de menina boba que já era ruim foi pro ralo e até hoje eu olho pra essa situação pensando “por que eu aceitava isso?”. Seus amigos podem ser muito legais, mas nenhum deles é melhor do que você, porque você é o único você que existe.
Está todo mundo no mesmo barco
É tentadora a ideia de acreditar que o nosso ponto de vista é o único que está certo, mas ninguém tem muita certeza de nada nem quando está na escola, nem quando sai dela. Está todo mundo tentando se encontrar, se exercer, se estabelecer e descobrir a própria voz num mundo que está constantemente gritando. Encontrar o equilíbrio entre não supervalorizar nossas questões e não ignorá-las completamente, além de entender que todo mundo está passando pelas suas próprias questões, é difícil quando a gente sente tudo à flor da pele, mas também é uma chave muito importante de ser virada dentro da gente.
Cuidado com o que você fala
Da mesma forma que os nossos amigos podem errar a dosagem do que falam e marcar a gente pra sempre, não estamos isentos de falar alguma coisa errada e magoar alguém. Tomar cuidado com o que a gente fala, por que a gente fala e pra quem a gente fala pode evitar muitos apuros, jovens. Ouçam a tia que já se meteu numas tretas colossais por não guardar a língua dentro da boca e teve que se desculpar com Deus e o mundo depois. Às vezes um toque numa pessoa acaba virando uma fofoca sem precedentes e a bomba estoura na mão do mais trouxa (que no caso era eu).
Amizades acabam (ou mudam)

A menos que vocês morem perto (o que nunca foi o meu caso) ou tenham uma afinidade descomunal, pode ser que as amizades não durem pra sempre mesmo e é completamente normal. Eu nunca sofri muito por isso, mas pensei intensamente sobre o assunto a ponto de escrever uma música a respeito (aqui). Minha melhor amiga da vida era da minha turma no ensino médio (mas a gente quase não andava juntas na escola – e nossa amizade nasceu no falecido MSN).

E não é por mal que as amizades acabam ou mudam. A vida só vai acontecendo, as pessoas vão fazendo outras coisas, outros amigos e quando você vê aquele seu brother de todas zoeiras do fundão virou um completo estranho pra você (e vice-versa). Provavelmente vocês não encaixam mais na vida um do outro e tudo bem. Vocês são pessoas diferentes, vivendo coisas diferentes e apesar de ter perdido aquela conexão ou amizade, outras coisas muito legais com certeza aconteceram e assim a vida vai seguindo…

Preciso dizer que esse post foi arrancado de dentro de mim. Encontrei essa ideia no Pinterest e resolvi fazer aqui pro blog, mesmo com a minha anti-nostalgia quanto a época da escola. Percebi que é possível descobrir algo sobre nosso presente no nosso passado e melhorar pra nossa versão do futuro. Mas é o processo natural das coisas e da vida.
Vivendo intensamente cada fase a aprendendo com todas elas. ♡
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Onde eu deveria estar

Photo by Simon Maage on Unsplash

Começou pelo livro que eu li de manhã. You are a badass, da Jen Sincero. Ela falava sobre a importância de “dar”. Eu não vou refazer minha frase pra você não pensar besteira. A gente pensa bem superficialmente sobre dar & receber que quase não percebe que as duas ações vão além de coisas palpáveis. Fiquei pensando o que exatamente eu faria com essa informação ao longo do meu dia.
Não foi o dia mais calmo e feliz que eu tive, mas os problemas foram solucionados, todos estão bem e eu começo a aceitar o que antes sequer conseguia pensar a respeito. E às vezes é só depois do banho, pijama e do inspira & expira que a gente se dá conta das coisas. No meu caso foi perceber o tanto que eu recebo de gente que acompanho todos os dias por uma tela (alô stories, tô falando de você) e enviar uma mensagem de “ei, isso que tu faz é lindo e melhora meu dia de tantas formas que eu só sei dizer: obrigada”.
Como a pessoa que muitas vezes tá do lado de cá da tela, posso dizer que uma mensagem assim tem o poder de salvar um dia ruim e um momento de “putz, era isso mesmo que eu deveria estar fazendo?”
E dar esse tipo de feedback e de carinho online chega como abraço quentinho seguido de “sim, era isso e você está exatamente onde deveria”. ♡
“If you want to attract good things and feelings into your life,
send awesomeness out to everyone around you.” – Jen Sincero
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Quem vale a sua paz



Ninguém que valha a sua paz vai te fazer abrir mão dela.

Foi a última coisa que disse na última postagem e achei que deveria desenvolver essa ideia. E ela surgiu há alguns anos, quando eu entendi que relacionamentos são oportunidades espirituais, não uma troca de necessidades, de acordo com o livro “Deixe os homens aos seus pés” (que é menos ruim do que parece, já que se trata de um livro de autoempoderamento e não de um manual de como atrair os homens – pelo amor de Deus, né?), da Marie Forleo. Depois de ter contato com essa ideia (algumas vezes), botei na cabeça que eu não me envolveria mais com ninguém que não me entendesse e não estivesse disposto a crescer e se desenvolver comigo como uma equipe, em vez de fazer eu me sentir inadequada e insuficiente.
Depois de me enfiar em algumas furadas (e trazer algumas pessoas comigo), eu finalmente entendi que estava focando no lado errado da coisa e adotei como lema pessoal o trecho da música do Fábio Jr que diz “nem por você nem por ninguém eu me desfaço dos meus planos”. Tomei essa verdade pra mim acreditando do fundo do meu coração que ninguém que valesse a minha maior loucura de amor exigiria de mim o que quer que essa loucura fosse. E funciona.
Eu vejo muita gente se atropelar entre a vontade de crescer profissionalmente e negar que queira ter um amor enquanto se sente carente. Carência nem é uma coisa boa, na verdade. Porque sim, você precisa gostar da sua própria companhia antes de gostar de alguma outra, por mais clichê que isso possa parecer (e vale muito a pena prestar atenção nos clichês – muitas vezes eles escondem lições incríveis). Acho muito limitada a ideia de que a gente tem que escolher entre uma coisa e outra. A vida como a gente conhece não dura pra sempre e nem sempre os nossos planos funcionam como a gente espera. Por que você tem que escolher entre uma coisa ou outra se você pode, tijolo por tijolo, construir uma carreira incrível ao lado de alguém que te apoia, te ajuda (e vice versa, porque é importante não ser egoísta) e comemora junto com você as suas conquistas?
Pode ser cool manter as aparências de que você é um lobo solitário, que não precisa de ninguém e que romance é uma coisa bobinha ou complicada demais, mas vira e mexe você se torna o ser humano mais insuportavelmente carente do planeta. Pode soar engraçadinho e te dar uma sensação de pertencimento neste mundo que gosta de fazer piada da própria desgraça pra fingir que nem doeu, mas no fundo só você sabe o quanto isso te custa. Você não precisa escolher entre casar e ter uma bicicleta. Se você estiver completamente alinhado à verdade que carrega dentro de si, pode ter os dois (talvez ganhar uma bicicleta como presente de casamento – não custa nada sonhar). Mas a menos que ter só um ou outro (ou nenhum dos dois) seja uma manifestação fiel às vontades que você carrega dentro do peito, você não precisa escolher entre ser só um pouco feliz ou muito feliz. Você pode só ser muito feliz sem precisar escolher.
E qualquer pessoa que te ame de verdade (e isso te inclui) não vai te fazer escolher entre o amor da sua vida e a carreira dos seus sonhos. Mesmo que ela valha a pena sequer pensar nessa possibilidade. ♡

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