autoconhecimento sem fronteiras

Categoria: Provocando a Realidade Page 4 of 20

Ensaios e reflexões filosóficas sobre autoconhecimento, organização pessoal e autonomia feminina.

Espiritualidade cotidiana

imagem em tons terrosos de uma mulher loira de chapéu no alto de uma montanha com céu amarelo e uma floresta como paisagem

Uma das coisas que eu mais gosto de fazer (e não faço tanto quanto gostaria) é olhar para o céu. Isso sempre me traz uma percepção mais abrangente e me faz perceber o quanto as coisas são pequenas e efêmeras em relação à imensidão do Universo.

Eu me esforço muito para conciliar as realidades densa e sutil das coisas e não permitir que minha espiritualidade me torne insensível às causas do mundo físico e vice-versa.

No entanto, vai contra todos os meus instintos e tudo o que eu acredito negar a influência de uma mentalidade espiritual no cotidiano. E é por isso que decidi trazer alguns pontos que revelam de forma singela como a espiritualidade está presente na nossa forma de viver.

Espero que você se conecte.

Você vive pelo que acredita e não pelo que é verdade

Eu nem vou tentar dizer o que é verdade. Verdade pode ser tantas coisas diferentes para tantas pessoas em tantos contextos que isso seria tema para um livro.

Mas independente do que a ciência, livros sagrados ou [insira a sua verdade aqui] digam, você vive muito mais pelo que acredita do que pelas coisas que se provam verdade por experiência ou observação.

Você veio um ser humaninho em branco e, dependendo do que você ouviu e sentiu, vai perceber a vida de um jeito que parece a única maneira certa até se deparar com outras pessoas vivendo de outras maneiras, completamente diferentes da sua, e que estão se saindo muito bem.

Ter esse tipo de contato é essencial para que você se liberte para abrir mão de coisas que são incômodas, desnecessárias e que, às vezes, te aprisionam em um modo de viver que não te satisfaz plenamente.

Você não tem o controle sobre todas as coisas

É uma coisa óbvia que precisa ser dita muitas vezes. Porque você sabe disso e mesmo assim acredita que precisa saber de tudo e dar conta de tudo.

Você acha que precisa estar por dentro de todas as notícias do mundo, caso contrário isso te torna uma pessoa alienada. Mas já parou para pensar que se sentir drenada por causa de coisas que você não pode mudar te paralisa e te impede de agir no que, de fato, está ao seu alcance?

Eu costumo dizer que só dá para fazer o que dá para fazer (e isso já é muita coisa). Mas quando sua atenção está toda em situações completamente fora do seu alcance, você fica sem energia para agir no que está e, quem sabe um dia, ter algum tipo de possibilidade para fazer algo a respeito de causas maiores.

Ser é mais importante e vem antes de fazer

Eu sei que nem tudo é como a gente quer e que a vida na Terra tem muitos desafios. Mas você não pode usar isso como uma desculpa para se esquivar do destino natural das coisas que é o desenvolvimento.

Independente do seu propósito de vida, você está aqui para se desenvolver. E, com isso, não dá para ignorar que ser é mais importante do que ter ou fazer.

Muitas pessoas estão completamente investidas em fazer sem nem terem a noção de se o que estão fazendo concorda com quem elas são. E, sim, nem todo mundo pode realmente se dar ao luxo de pensar nisso.

Mas não estou falando com todo mundo, estou falando com você. Se você puder, invista no seu autoconhecimento e alinhe suas ações com quem você é. A motivação se alinha automaticamente quando você sabe que está agindo a partir de quem realmente é.

Você é menor e maior do que pensa

Com um pensamento alinhado à filosofia hermética, eu entendo que tudo o que é finito não é real. Então, todos os desafios e complicações desta vida são só um instante. E esta vida também é só um instante.

A nossa sociedade tem uma relação muito desconexa com o tema “morte”. Faz algum tempo que eu percebo que pensar nesse tema, me traz a mesma percepção de olhar para o céu: as coisas aqui embaixo perdem o senso de urgência e importância.

Você, enquanto corpo, enquanto o nome que tem, as roupas que veste, as coisas que possui, é menor do que a importância que dá aos que os outros pensam de você, da mágoa que você guarda das pessoas, da dor que você pode sentir quando ninguém vê.

Mas você, enquanto espírito, enquanto a consciência por trás de tudo o que faz de coração aberto, olhos brilhantes e a coragem de ser exatamente quem você é, é muito maior, mais valiosa e importante do que todas as coisas que não vão durar o suficiente para te ver crescer em todo o esplendor da sua alma.

Acredite no que te impulsiona, liberte-se do que não te serve mais e abrace a sua espiritualidade. Você é maior do que as preocupações passageiras. Conecte-se com a grandiosidade do seu ser interior. 🖤

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Como ter autoestima além da aparência

altar de autocuidado em tons terrosos e verde com escovas, velas, incensos e uma placa escrito self care time

Aparência importa, mas não é só o que importa. Em algum momento paramos de nos importar tanto com o que pensam da nossa aparência e de dar tanta confiança para as expectativas que as pessoas nutrem a respeito de como devemos mostrar beleza.

A própria vida vai nos mostrando que existe outro tipo de autoestima para valorizar. E aí, passamos a nos importar muito mais com a nossa performance intelectual, social, nossa maturidade, nossos valores e qualidades que vão além da mera aparência.

Então, neste artigo eu apresento cinco instruções para trabalhar a autoestima que vai além da aparência e que, se bem trabalhada, nos ajuda a valorizar o que temos de melhor. E, eventualmente, isso também vai se refletir na nossa aparência.

1) Mudar suas crenças e seu diálogo interno

Nunca é demais dizer que saúde mental integra o tema saúde como um todo, mas como é uma coisa muito estigmatizada, as pessoas tendem a negligenciar.

Você não vai se sentir bem e segura a seu próprio respeito se estiver o tempo todo se criticando internamente, ouvindo e multiplicando pensamentos e falas negativas a seu respeito, a respeito da vida e das pessoas.

Pode ser que você tenha ouvido e internalizado muitas coisas ruins a seu respeito recentemente ou na infância. Isso não é motivo para você se tratar com crueldade. Trabalhe as suas crenças e melhore o seu diálogo interno.

Um exercício que gosto de propor é prestar atenção ao que você diz a si mesma e se corrigir sempre que disser algo negativo. Por exemplo, você derruba alguma coisa e automaticamente se chama de “burra” por isso. Imediatamente substitua essa fala por uma positiva.

2) Afaste-se das coisas que te prejudicam

Isso vale para pessoas, lugares, conteúdos e hábitos. Tudo aquilo que fizer você se sentir inferior, estiver prejudicando a sua mudança para um padrão mais positivo e desejado deve ser cortado da sua vida.

Sim, nem todas as pessoas e lugares podem ser facilmente excluídos da sua vida e rotina. Mas repense a sua fidelidade a padrões de comportamento, contas que você segue, conteúdos que você consome e coisas as quais você recorre quando se sente entediada ou confusa.

Também é importante lembrar que às vezes o que te prejudica é um padrão interno, que não está entre as pessoas, lugares e conteúdos lá fora, mas dentro de você. Neste caso, siga para o próximo ponto.

uma mulher de casaco sentada em uma poltrona cinza com uma caneca de chá em livro no colo em frente a uma parede cinza e uma mesa com velas e um vaso com trigo

3) Faça o trabalho interno

Journaling, terapia… Escolha ou combine as modalidades e vá atrás de autoconhecimento! Você pode ter uma vida qualquer ou uma vida segundo a sua alma e isso vai depender do quanto você se conhece e se permite agir conforme a sua individualidade.

Fazer o trabalho interno, buscar autoconhecimento é uma coisa muito falada (por mim mesma até), mas o processo não é sempre divertido e gostoso, porém é muito necessário.

Conhecer a fundo a única pessoa que vai estar com você em todos os momentos é a única maneira de garantir que a sua vida vai ser vivida em gênero, número e grau adequados à sua essência. Não fuja disso!

4) Trabalhe a sua espiritualidade

Considere espiritualidade como um segundo nível de autoconhecimento. Em algum ponto você vai perceber que as coisas humanamente explicáveis não dão conta de tudo o que você é e sente.

Não precisa exercer uma religião se não for a sua vontade (eu mesma não tenho religião), mas encontre uma expressão, uma filosofia, uma prática espiritual com a qual você se identifique e que dê conta de explicar a grandiosidade da sua existência.

Você é mais do que um rostinho bonito e uma personalidade encantadora! 😉

5) Lembre-se que você já é merecedora

Você nasceu merecedora e nada do que você faça (ou deixe de fazer) vai mudar isso! Eu sei que a gente aprende uma percepção de valor muito ligada ao tanto que você é capaz de entregar, de produzir e que isso se funde com a ideia de que você é o que faz.

Merecer é ser digna e você nasceu digna de amor, de cuidado e de tudo mais o que você for capaz de sonhar e desejar. Não permita que uma percepção deturpada de valor te impeça de viver a sua expressão mais plena.

Gostou dessas instruções para desenvolver autoestima além da aparência?

Comece hoje mesmo a trabalhar em si mesma, valorizando suas qualidades, mudando seu diálogo interno e fazendo o trabalho interno necessário para se conhecer melhor.

Lembre-se, você já nasceu merecedora de amor e de uma vida plena. Desperte a melhor versão de si mesma! 🖤

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Limitar Para Expandir

Conhecer e definir os seus limites é um excelente hábito de autocuidado. Ao contrário do que se sente ao dizer “não”, definir limites não é um ato de egoísmo e nem significa que você é uma má pessoa.

Entender os seus limites te permite saber até onde você consegue ir sem muito esforço e gasto desnecessário de energia e, é claro, te ajuda a manter o seu espaço pessoal, físico e emocional da maneira que for melhor para você.

Isso dá às pessoas a chance de te conhecer e respeitar ou encontrar o caminho da rua. Afinal, você não é obrigada a abrir ou manter espaços na sua vida para quem não respeita as regras da sua casa – do seu trabalho, do seu corpo, das suas emoções…

Seus limites permitem que você saiba a hora de expandir

Quando você sabe até onde consegue ir com a força que tem agora e, mais importante, quando sabe o que você realmente deseja, você descobre que as suas limitações (ou dificuldades) têm um prazo de validade – especialmente se são limitações que te impedem de chegar aonda você quer.

As suas fronteiras e o tanto de energia que você vai precisar depositar nessa empreitada precisam ser familiares para você. Afinal, os limites são para o outro e não para você.

Comunicar esses limites é para que você não se perca de si mesma sendo invadida por demandas externas, e nem tenha seus sentimentos e necessidades invalidados. Mas você não deve ficar presa do lado de dentro desses limites.

Não use as limitações como desculpa

Às vezes na ânsia de manter as pessoas do lado de fora, você se tranca do lado de dentro e isso não contribui com a sua própria caminhada.

Os seus limites são seus. E você é a única pessoa que pode dizer quando é hora de deixá-los quietos e quando é hora de romper esses limites e ir além. Ninguém pode te forçar a percorrer um caminho para o qual você não estiver preparada. Mas é seu papel não paralisar usando um limite como desculpa para não se arriscar a fazer algo que pode ser bom para você.

Lembre-se:

Seus limites são guias e não barreiras. Cuide-se! 😉

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