O que você realmente deseja?

Você já parou para se perguntar o que você realmente deseja?

Eu gostava muito quando o Lucifer (da série da Netflix) perguntava para os suspeitos de crimes o que eles realmente desejavam e as respostas eram sempre aleatórias e embaraçosas. Isso porque, por causa do poder que ele tinha, as pessoas se despiam por um breve momento de seus julgamentos e falavam a verdade nua e crua, por mais bizarra que fosse.

Eu gosto de pensar que a nossa experiência na Terra tem a ver com descobrirmos nossos desejos, a nossa capacidade de realizar esses desejos e, através da realização desses desejos, criarmos uma onda de inspiração, de contribuição e de evolução que permite que não apenas nós, mas todas as pessoas avancem e passem para a próxima fase do que é existir.

Infelizmente, vejo que estamos presas em uma indefinição. Porque as pessoas não conhecem os próprios desejos, não os assumem ou se sufocam dando muito mais atenção e força aos seus anseios, medos e desafetos do que àquilo que elas realmente desejam.

As pessoas que não conhecem os próprios desejos (as que vivem no automático, geralmente) são as que absorveram o que as pessoas à sua volta ou a sociedade disseram que ela poderia ou deveria desejar. Desejos herdados, construídos por outras pessoas e sistemas, que elas nunca questionaram nem para entender se são realmente “desejos” ou apenas uma lista de tarefas que assumiram por acharem que deviam algo a alguém.

Desejar é ter ambições. E tanto desejo quanto ambição são palavras que expressam intensidade. Mas nenhuma delas precisa indicar descontrole. Assim como nenhuma precisa ser riscada do vocabulário feminino, porque podemos desejar, ser ambiciosas e não há absolutamente nada de errado nisso. Desejar é ter gana de viver. Um motivo para se comprometer com a vida que não passe necessariamente pelas demandas de outras pessoas.

Descobrir seus desejos exige uma viagem para dentro de si. Assim como destravar os caminhos para a realização desses desejos também exige essa viagem para entender quais são as limitações e julgamentos que você pode ter acerca deles.

Eu acho que vale mais a pena você descobrir e curar o que te impede de assumir os seus desejos do que justificar a existência deles. Seus desejos não precisam ser justificados, eles precisam apenas ser sinceros. Você deseja porque está viva, porque é saudável, porque tudo em você pulsa, vibra e clama por mais vida e realização.

Desejar é um ciclo interminável. Enquanto você existir, você vai desejar. Então, acolha, respeite e se comprometa a ir em busca dos seus desejos. Talvez nem todos se cumpram, mas você vai preferir viver em função deles do que fazendo de conta que eles não existem. 🖤

Publicado por

Elisa Alecrin

Provocando a realidade de dentro para fora e documentando o processo.

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