Da vez que você me pediu pra ser diferente


Você achava que eu não podia pensar. Todos os meus filmes e livros e as coisas que eu sonhava me faziam pouco inteligente pra você. Demorou mas eu percebi que não importava de verdade o que você achava. Importava e importa quem eu sou e as certezas que tenho sobre isso. É a minha forma de lidar com a vida e comigo mesma que vai me fazer seguir em frente e conquistar aquilo que eu quero. Mesmo que isso seja bobo ou fútil, como você me disse mais de uma vez.
Sigo sem precisar da sua aprovação. Eu não a obteria sendo eu mesma e eu não queria ser outra só pra você gostar. No começo pode ser estranho, como aprender a andar e a não se apoiar mais nas paredes. Mas com o tempo a gente vê que não existe forma melhor. Que amor te aprisiona em verdades que não são as suas? Que amor louco é esse que faz você se esconder e se sentir inferior por suas particularidades, não é mesmo?
Ainda assim, eu tenho certeza que você me ensinou coisas muito valiosas. Por exemplo, como fechar a porta pra pessoas que nunca quiseram fazer parte. Como parar de ligar pras besteiras que as pessoas dizem só pra ver se você cede à pressão e se transforma no que elas precisam. Foi triste perceber que eu precisava ser diferente do que eu era pra te ter por perto. Mas foi triste porque eu percebi que era você quem se enganava achando que eu ia me vestir de menos só pra você se sentir mais.

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Publicado por

Elisa Alecrin

Provocando a realidade de dentro para fora e documentando o processo.

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