A Arte de Pedir (Amanda Palmer)

No último post de favoritos eu citei o livro A Arte de Pedir (compre agora), da Amanda Palmer. Agora voltei pra falar mais sobre ele, dizer sobre o que exatamente ele fala, se eu realmente gostei ou não. Mas antes disso, vou explicar como eu cheguei até esse livro.

Não sei exatamente em que momento ou por que mas assisti à palestra da Amanda no Ted Talks e achei incrível o que ela falou em tão pouco tempo. Quando encontrei essa palestra, ela já não era exatamente uma novidade e o livro (do qual vim falar) já tinha sido lançado. E aí, como eu estava começando a aceitar algumas ideias pra fazer uma campanha minha no apoia.se, achei que seria bom ter o livro. Mas por que esse e por que ela? Você pode assistir ao vídeo abaixo ou pode ir direto pro próximo parágrafo pra saber.

Depois que se formou na faculdade, ela trabalhou como estátua viva. Pintava o rosto de branco, usava um vestido de noiva, subia num caixote e deixava um chapéu na sua frente. Sempre que alguém colocava dinheiro no chapéu, ela dava uma flor em troca. Ela também tinha uma banda (The Dresden Dolls), que em determinado momento passou a arrecadar dinheiro suficiente pra ela parar de trabalhar na rua.

A banda saiu em turnê e conseguiu contrato com uma gravadora. Mas por ter um estilo bem diferente do que tocava na rádio, foram parar na geladeira da gravadora. As vendas não corresponderam às expectativas da gravadora (cerca de 25 mil cópias do segundo álbum – o primeiro foi produzido de forma independente). No entanto, por ser ativa na internet, Amanda tem contato muito próximo com os fãs (pelo twitter e por uma lista de e-mail) e já estava habituada a pedir e contar com a ajuda das pessoas. Fosse pra pegar algo emprestado, pra se hospedar na casa de alguém… O que você puder imaginar. Então, ela liberava as músicas no estilo “pague o quanto quiser, se quiser” e os fãs colaboravam. Pra resumir a história, posteriormente ela lançou uma campanha de crowdfunding que arrecadou mais de 1 milhão de dólares. A parte curiosa é que o número de pessoas que colaboraram não era muito maior que 25 mil.

O livro conta todo o percurso dela nessa jornada que é ser artista independente (porque ela não ficou na gravadora, afinal), ter uma vida, medos, anseios e uma infinidade de experiências derivadas do contato com os fãs, da participação ativa na internet (que funciona para o bem e para o mal). Há fotos, letras de músicas e muitas menções sobre ukulele (o que eu gostei bastante). Não é um livro com passo a passo de como enriquecer pedindo dinheiro dos outros. Não é sobre enriquecer, não é sobre marketing e nem propriamente sobre pedir. É sobre conexão, sobre ajuda, sobre enxergar as pessoas e deixar que a sua arte fale.

Eu aprendi muita coisa lendo esse livro. Sobre relações amorosas, de amizade, de respeito. Me identifiquei muito com vários dilemas, medos e pensamentos da Amanda enquanto artista e enquanto pessoa. Pedir não é necessariamente fácil, e também não é errado. A gente consome arte o tempo todo e nem sempre dá o valor devido, né? Ser artista é profissão e pedir a colaboração das pessoas não é mendigar. Se a minha arte te toca e você quer fazer parte disso de alguma forma, é um acordo entre duas partes. E nem sempre se trata só de dinheiro. Vamos pensar nisso ♡

P.S.: Realmente gostei de muitos aspectos do livro, mas estou até agora tentando entender qual é a da música “Do You Swear To Tell The Truth & Nothing But The True So Help Your Black Ass“.

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The Secret (Rhonda Bynes) – Citações

Herdei meu gosto por livros do gênero com a minha mãe. E apesar de saber que várias pessoas detestam autoajuda e afins (afinal a moda é ser rabugento, ostentar os problemas e odiar gente feliz), eu procuro viver bem dentro do meu corpo, aceitando a mim mesma e nutrindo coisas boas (e isso não quer dizer que eu não tenho meus dias ruins). Da mesma forma que a gente tenta tratar bem o corpo, a gente precisa avaliar melhor o que deixa entrar e ficar na nossa cabeça também. E O Segredo (compre agora) se trata disso. Para muito além de conquistar coisas sendo positivo e tendo uma boa vibração, acho que o essencial é a gente estar bem para poder lutar pelo que queremos sem pesos extras nas costas. Quanto mais foco, certeza e tranquilidade no coração, mais disposição a gente vai ter para ir atrás do que quer. Dito isso, vim trazer as citações mais legais que eu anotei e que me fizeram pensar enquanto estive lendo esse livro. Vamo lá?

“Se você pode pensar sobre o que quer e faz disso seu pensamento dominante, você trará isso para sua vida.”


“Antes de dormir, transforme seus pensamentos nos melhores possíveis.”


“Agarre-se a esses momentos em que você se sente bem e aproveite-os ao máximo. Tenha certeza de que, quando está se sentindo bem, você está atraindo poderosamente mais boas coisas para si.”


“Não há no Universo poder maior do que o poder do amor.”

“O Universo gosta de velocidade. Não demore. Não mude de ideia. Não duvide. Quando a oportunidade chegar, quando o impulso chegar, quando a cutucada intuitiva vinda de dentro chegar, aja. Essa é a sua tarefa. E isso é tudo o que você tem de fazer.”


“Quando você tem um pensamento inspirado, tem de confiar e agir de acordo com ele.”


“Sem que você se torne pleno, não terá nada a dar a alguém. Portanto, é imperativo que você primeiramente cuide de si. Primeiramente, garanta sua satisfação.”


“Aprenda a ficar sereno e a desviar sua atenção daquilo que não deseja e de toda a carga emocional que cerca estas coisas, desloque a atenção para o que você deseja vivenciar… A energia flui para onde a atenção se dirige.”

Além das citações do livro que eu anotei por toda parte, ainda comecei a seguir o Instagram e o Twitter correspondentes ao livro e diariamente várias afirmações aparecem pra fazer pensar e tal. E eu tenho complementado isso tudo procurando canais que falem mais sobre a lei da atração e tudo mais. Me ajuda a ter uma perspectiva bem mais positiva sobre a vida e a minha responsabilidade nela. Daí pensei em trazer cá pro blog e por que não, né mesmo? Então, é isso! Espero que faça sentido pra vocês tanto quanto faz pra mim. ♡

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Eleanor & Park (Rainbow Rowell)

 

SINOPSE:

Eleanor & Park é engraçado, triste, sarcástico, sincero e, acima de tudo, geek. Os personagens que dão título ao livro são dois jovens vizinhos de dezesseis anos. Park, descendente de coreanos e apaixonado por música e quadrinhos, não chega exatamente a ser popular, mas consegue não ser incomodado pelos colegas de escola. Eleanor, ruiva, sempre vestida com roupas estranhas e “grande” (ela pensa em si própria como gorda), é a filha mais velha de uma problemática família.
Os dois se encontram no ônibus escolar todos os dias. Apesar de uma certa relutância no início, começam a conversar, enquanto dividem quadrinhos de X-Men e Watchmen. E nem a tiração de sarro dos amigos e a desaprovação da família impede que Eleanor e Park se apaixonem, ao som de The Cure e Smiths.
 

O QUE ACHEI:

Fazia bastante tempo (mesmo) que eu não me empolgava assim lendo algum livro. Na verdade, fazia bastante tempo que eu não me dava um tempo para ler. Mas neste ano decidi ler mais e fiz até um post com os livros que quero ler em 2017.
Comprei Eleanor & Park (compre agora) numa das idas ao Centro do Rio. A curiosidade surgiu por ter visto diversas resenhas sobre o livro e um certo furor ligado a ele. Fora o burburinho ao redor da autora, Rainbow Rowell. Eu não levei tanta fé assim até certo ponto do encontro dos dois adolescentes. E aí eu entendi que o frio na barriga típico de romance adolescente não me abandona, então eu me apaixonei.
Me apaixonei pela doçura do casal, pelos momentos e falas divertidos, pelas referências a bandas e músicas. Gente, há uma referência a Bread (essa banda é herança de família aqui em casa – aprendi a amar com a minha mãe)!
– Não gosto de você – ele disse. – Preciso de você.
Ele esperava que ela o cortasse. Que dissesse “Ah” ou “Gente” ou “Isso parece música do Bread”.
Mas ela ficou calada.
Me apaixonei pelos personagens secundários, como os pais do Park. E odiei muito outros, como o padrasto da Eleanor. Achei interessante a Eleanor debochar do clichê romântico que ela estava vivendo. Chorei junto, fiz “aaaaawn” várias vezes e estive apaixonada pela leitura durante o tempo em que li.
Sobre o final (que é claro que eu não vou contar), achei “surpreendente” (não é bem essa a palavra) nível: virei a página curiosa e tinha acabado. Fiquei meio estatelada tipo “como assim?“, mas depois de alguns segundos, eu percebi que um final “aberto” tinha tudo a ver com a história deles e tudo o que foi acontecendo.
 
Agora eu preciso escolher uma nova história para ler…
 
Você já leu esse livro? Conta pra mim o que achou! 

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