Não seja menos você só para deixar as pessoas felizes

Não se preocupar com o que pessoas que você não conhece vão pensar de você é fácil. Difícil é não se importar com o que as pessoas que você ama vão pensar.

Na maioria das vezes elas só querem o nosso bem, mas isso nem sempre significa que elas sabem o que é melhor pra gente. E não dá pra ser menos o que a gente é só pra deixar as pessoas felizes. Cada um é o que é.

Nossos sonhos, nossas aspirações e sensibilidades são só nossos. E por mais desencaixado que você se sinta, é muito melhor que você continue tendo a liberdade de ser você do que se moldar ao que as pessoas querem pra que elas fiquem satisfeitas, enquanto você definha.

Definir os nossos limites

As pessoas vão continuar fazendo as escolhas delas e sendo exatamente quem elas são, independente do que você ache.

Cabe a cada um de nós definir os nossos limites entre o que é socialmente passível de ser minimizado, quando em grupo, para facilitar a convivência e o que é inegociável na sua própria forma de ver e viver a sua vida.

Ninguém está tão preocupado assim com a gente

Quantas vezes eu desisti de uma ideia que eu achava boa a princípio só porque paralisava de medo do que as pessoas pensariam?

No final das contas as pessoas não estão assim tão preocupadas com a gente pra sequer bolar e emitir uma opinião. Mas mesmo as que estão, se só souberem criticar, muitas vezes o problema está mais nelas do que na gente.

Alguém precisa do que você tem a compartilhar

Pense que, alguém como você, que talvez esteja se sentindo tão perdido quanto você já esteve, precisa que suas ideias sejam compartilhadas. E isso só vai acontecer quando você se livrar da necessidade absurda de sempre levar em consideração o que as outras pessoas vão pensar de você.

Se você tá nisso de coração e tem certeza de que pode ser bom pra você e pra outras pessoas, só vai. Tenho certeza que você vai ter muito mais a agradecer do que a se aborrecer.

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Um conjunto de coisas

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Photo by Ksenia Makagonova on Unsplash

Nem sempre o que me leva a pensar em algo valioso pra forma como eu levo a minha vida é uma coisa boa. Mas no final das contas, eu sempre acredito que as coisas acontecem por alguma razão. Seja pra gente se expandir em felicidade ou aprender algo que vai permitir que a gente evolua. Mas eu também vejo que muita coisa a gente ignora porque tem medo, porque é ignorante (e eu acho que medo e ignorância caminham juntos), porque é preguiçoso ou porque [insira aqui sua desculpa de estimação].

E foi analisando friamente uma dessas situações, pras quais a gente não tá preparado ou munido de ações e palavras, que eu comecei a pensar em como os nossos hábitos, por mais bestas que sejam contribuem pra nossa saúde de uma maneira geral. É eu sei, isso não é nenhuma novidade. Mas fiquei pensando em quanta coisa não é novidade e mesmo assim a gente simplesmente ignora, não pratica e varre pra baixo do tapete das nossas certezas, que não servem pra absolutamente nada, já que a gente diz “eu sei”, mas não faz uso.

O que eu percebi é que a gente quer abraçar o mundo, mas mal consegue dar conta de si. Somos seres trinos e nosso corpo, alma e espírito precisam ser constantemente cuidados. Tanto quanto a gente quer cuidar de tudo o tempo todo. A impressão que eu tenho é que a gente faz um esforço muito grande pra mudar o mundo à nossa volta, quando bastaria que cada um cuidasse de si mesmo, com esse mesmo empenho que temos em cuidar de coisas que estão fora de nosso controle.

É legal como a gente tenta cuidar da nossa saúde física, por exemplo, mas acho bobo quando isso vem sozinho. Seu corpo é mais do que as suas pernas, seus braços e seus órgãos. Seu corpo também é o que você pensa, o que você sente, o que você entra em contato através dos seus ouvidos, da sua visão e do que você deixa entrar no seu coração. É, porque enquanto você estiver vivo/a, sua alma faz parte do seu corpo. E assim também, o seu espírito. E tudo isso contribui pra que a gente se sinta melhor ou pior, mesmo que a gente não concorde.

Sua saúde física e mental (e até espiritual também) depende de um conjunto de hábitos. É claro que dependendo do que a gente faz, onde a gente estuda ou trabalha e das pessoas que estão em volta de gente, esses hábitos podem ser mais ou menos moldáveis. E é justamente por isso que a gente tem que observar como que tá deixando a rotina, as coisas e as pessoas afetarem a gente.

Se você é uma pessoa que tende a querer controlar o mundo à sua volta igual a mim, é importante demais pensar se você tá fazendo tudo o que pode pra cuidar do seu mundo interno. Porque é ele que vai te ajudar a lidar com todo o resto. Se você cuida da alimentação do seu corpo, mas não cuida da alimentação da sua mente, pode ser que em algum momento se manifeste no seu corpo algum sintoma de algo que a sua mente não conseguiu dissolver sozinha. E se você só cuida da mente e não cuida do corpo, em algum momento seu corpo vai reclamar também.

É uma questão de autocuidado e também de equilíbrio.

O que tem de bom

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Photo by J-S Romeo on Unsplash

A gente não ganha nada olhando só pro lado de onde não vem coisa alguma. E soa até meio óbvio colocado dessa forma, mas raramente a gente se dá conta de olhar pro que tem de bom na nossa vida. Desgasta menos a nossa energia e nossa vontade de meter a cara e continuar tentando alcançar coisas melhores. Já coloca a gente em pé de igualdade com aquilo que a gente quer e sonha. Porque no final das contas a gente já tem alguma coisa boa pra agradecer. As oportunidades de levantar todos os dias conseguindo olhar pro céu e respirar e tendo a chance de contemplar a vida, sabe?

Realmente acredito que dá pra ver graça na menor e mais boba das circunstâncias. É só se empenhar um pouco. A gente pode passar muito tempo acreditando que não teve o que precisava ou o que queria, mas também pode simplesmente olhar pra tudo o que a gente nem esperava e mesmo assim recebeu. E que tudo isso foi suficiente pra gente ser quem é (satisfeitos ou não com quem somos – e se insatisfeitos, cientes de que podemos mudar) e que daqui por diante a gente decide pra onde vai. Sem sentir pena de si mesmo, sem dar passos pra trás querendo andar pra frente. Apenas cientes de que olhar pras nossas faltas só faz a gente se sentir em desvantagem com o mundo.

Quando a gente entende e repara no tanto de coisa que recebeu, que aprendeu, que entendeu e que pôde viver, a gente não se sente mais tão distante daquilo que a gente quer. E menos ainda do que a gente é. Se isso é bom, ruim, precisa de mudança ou não, a gente descobre. Mas também não cria barreiras quando precisa recomeçar.