Foi conversando com uma amiga que chegamos à conclusão de que não falar sobre os nossos planos para outras pessoas, pelo menos para nós, tem muito mais a ver com não gastar a energia destinada a eles do que com inveja. Eu não sou muito adepta de dar margem à inveja. E não é que eu não acredite que isso aconteça. Só não acho certo a gente dar muita atenção para esse tipo de coisa.
As pessoas que invejam são as mesmas que dão pouco crédito ao seu sucesso porque acham que fariam escolhas melhores no seu lugar. E a gente sabe que se isso fosse verdade, elas estariam colocando energia em construir algo em vez de cobiçar vidas que elas não trabalharam para ter. Sendo assim, eu tenho mais com o que ocupar meu tempo do que dando trela para esse tipo de coisa. Faço o meu, me conecto com a minha espiritualidade e os invejosos que lutem.
Mas como eu ia dizendo, não contar as coisas que eu pretendo, planejo e começo a fazer tem muito mais a ver com a minha credibilidade comigo mesma do que com inveja. Percebo que sempre que eu falo sobre os meus planos cedo demais (para as pessoas mais próximas e confiáveis), eu desperdiço toda a minha energia falando desses planos e não sobra nada para fazer acontecer. É quase como se depois de falar, a coisa toda perdesse a magia. E eu acabo deixando para lá.
Acho que é tudo parte de uma autossabotagem das grandes. Então, eu mantenho as grandes ideias para mim e vou deixando as pessoas perceberem o que está acontecendo aos poucos quando me veem colocando em prática. Porque falar muito sobre as minhas ideias faz com que elas se percam e eu preciso que elas estejam aqui comigo. Por mais lindo que seja a gente ter pessoas que nos amam sonhando com a gente, eu me sinto muito frustrada quando não consigo cumprir minha palavra.
Então, em vez de falar como é incrível o meu plano para conquistar o mundo, eu só mantenho isso em mente e vou aos poucos executando esse plano. É muito melhor a surpresa de ter conquistado do que a expectativa frustrada de algo que foi muito falado e acabou arquivado.