O que aprendi com relacionamentos passados

Eu posso jurar que no falecido Orkut tinha uma aba com a opção “o que eu aprendi com meus relacionamentos passados” para responder e deixar no perfil para os amigos verem mas, na rápida pesquisa que fiz, não encontrei um mísero print para validar minha memória.

De qualquer forma, eu sempre imaginei e quis que as coisas que eu aprendi (e ainda aprendo) fossem bem assimiladas por mim mesma e passadas adiante.

Demorou um pouco para ter a segurança mínima necessária para falar de relacionamentos, mas abaixo seguem algumas coisas que aprendi na prático e que eu espero que possam ser úteis para alguém.

Ciúmes são uma imensa perda de tempo e de energia

Eu mesma relutava com a ideia de que ciúmes significavam insegurança, até perceber que é verdade.

Quando você é obrigada a rever onde está errando e descobre o valor que você tem, o medo de perder alguém acaba virando algo do tipo: se você fizer algo para me perder, você é muito trouxa, porque eu sou maravilhosa. 😌

E não é que você não sinta nada pela pessoa ou seja indiferente, mas você entende que há coisas mais importantes na vida para se investir seu tempo do que ser babá do seu parceiro ou parceira.

Quem perde é quem vacila. Ponto. Encha a sua cabeça do que você ama fazer e se ocupe para não embarcar em inseguranças.

Se sua família não gosta dessa pessoa, pode ser que realmente tenha alguma coisa errada

É claro que existem famílias diferentes e nem todas elas estão preocupadas com o bem-estar de seus membros, mas se a sua família é do tipo que cuida de você e quer te ver bem, repense se a implicância tem ou não razão de ser.

A pessoa apaixonada fica meio burra, então pode ser difícil enxergar as coisas com clareza. Seus pais podem ter razão quando acharem aquele cara meio estranho. Você dificilmente vai perceber por estar envolvida na situação ou por ser quem a pessoa está tentando agradar.

Antes só do que mal-acompanhada ou fazendo alguém sofrer

Não, você não precisa ter alguém o tempo todo. E não adianta nada ter a companhia de outra pessoa se você não suporta a sua própria companhia.

Não tenha medo de estar só com você, de se conhecer, de ter tempo para fazer só o que você quer fazer sem ninguém para te contrariar.

E, sobretudo, prefira estar na sua própria companhia quando a outra pessoa estiver roubando a sua alegria e a sua paz ou vice-versa.

Um amor só se cura com outro amor: o amor-próprio

O ministério da autoestima adverte: ame-se!

E isso não tem nada a ver com você ter que ser uma pessoa perfeita, mas justamente entender e aceitar que você não é e respeitar o seu tempo, os seus gostos e principalmente os seus limites.

Não se contente com nada menos do que o que você quer e merece. Aprenda a abrir mão de algo que decididamente não vai ser bom para você, a se amar e cuidar da pessoa incrível que você é.

Quebrar a cara faz parte

Se você chegou até aqui, leu todos os tópicos anteriores e achou besteira, saiba que quebrar a cara é inevitável e faz parte de aprender a se relacionar com os outros e consigo mesma.

Às vezes as dicas, os conselhos e as broncas das pessoas não adiantam nada e só te resta aprender na prática. Não é nada gostoso, mas a longo prazo, te faz perceber que sem isso você não teria aprendido coisas muito importantes e decisivas na sua maneira de ser e de agir.

O que você tá chamando de amor?

A gente confunde muito as ideias do que é amor, paixão, obsessão…

Dificilmente você vai conseguir mensurar isso sem entender que um relacionamento não funciona sem o resto da sua vida acontecendo. Você precisa ter alguma coisa dentro de você além de espaço para ocupar com os interesses de outra pessoa.

Saiba quem você é

Quais são os seus interesses? O que é importante para você? Quais são suas metas, seus sonhos, seus hobbies? Saiba quem você é e não se perca na personalidade de outra pessoa.

Você é uma excelente companhia para os outros quando aprende a ser uma excelente companhia para si mesma.

Pensar em si não te faz egoísta, mas te torna alguém interessada em ter um relacionamento saudável com a única pessoa que sempre vai estar com você em todos os momentos: você mesma.

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Espiritualidade cotidiana

imagem em tons terrosos de uma mulher loira de chapéu no alto de uma montanha com céu amarelo e uma floresta como paisagem

Uma das coisas que eu mais gosto de fazer (e não faço tanto quanto gostaria) é olhar para o céu. Isso sempre me traz uma percepção mais abrangente e me faz perceber o quanto as coisas são pequenas e efêmeras em relação à imensidão do Universo.

Eu me esforço muito para conciliar as realidades densa e sutil das coisas e não permitir que minha espiritualidade me torne insensível às causas do mundo físico e vice-versa.

No entanto, vai contra todos os meus instintos e tudo o que eu acredito negar a influência de uma mentalidade espiritual no cotidiano. E é por isso que decidi trazer alguns pontos que revelam de forma singela como a espiritualidade está presente na nossa forma de viver.

Espero que você se conecte.

Você vive pelo que acredita e não pelo que é verdade

Eu nem vou tentar dizer o que é verdade. Verdade pode ser tantas coisas diferentes para tantas pessoas em tantos contextos que isso seria tema para um livro.

Mas independente do que a ciência, livros sagrados ou [insira a sua verdade aqui] digam, você vive muito mais pelo que acredita do que pelas coisas que se provam verdade por experiência ou observação.

Você veio um ser humaninho em branco e, dependendo do que você ouviu e sentiu, vai perceber a vida de um jeito que parece a única maneira certa até se deparar com outras pessoas vivendo de outras maneiras, completamente diferentes da sua, e que estão se saindo muito bem.

Ter esse tipo de contato é essencial para que você se liberte para abrir mão de coisas que são incômodas, desnecessárias e que, às vezes, te aprisionam em um modo de viver que não te satisfaz plenamente.

Você não tem o controle sobre todas as coisas

É uma coisa óbvia que precisa ser dita muitas vezes. Porque você sabe disso e mesmo assim acredita que precisa saber de tudo e dar conta de tudo.

Você acha que precisa estar por dentro de todas as notícias do mundo, caso contrário isso te torna uma pessoa alienada. Mas já parou para pensar que se sentir drenada por causa de coisas que você não pode mudar te paralisa e te impede de agir no que, de fato, está ao seu alcance?

Eu costumo dizer que só dá para fazer o que dá para fazer (e isso já é muita coisa). Mas quando sua atenção está toda em situações completamente fora do seu alcance, você fica sem energia para agir no que está e, quem sabe um dia, ter algum tipo de possibilidade para fazer algo a respeito de causas maiores.

Ser é mais importante e vem antes de fazer

Eu sei que nem tudo é como a gente quer e que a vida na Terra tem muitos desafios. Mas você não pode usar isso como uma desculpa para se esquivar do destino natural das coisas que é o desenvolvimento.

Independente do seu propósito de vida, você está aqui para se desenvolver. E, com isso, não dá para ignorar que ser é mais importante do que ter ou fazer.

Muitas pessoas estão completamente investidas em fazer sem nem terem a noção de se o que estão fazendo concorda com quem elas são. E, sim, nem todo mundo pode realmente se dar ao luxo de pensar nisso.

Mas não estou falando com todo mundo, estou falando com você. Se você puder, invista no seu autoconhecimento e alinhe suas ações com quem você é. A motivação se alinha automaticamente quando você sabe que está agindo a partir de quem realmente é.

Você é menor e maior do que pensa

Com um pensamento alinhado à filosofia hermética, eu entendo que tudo o que é finito não é real. Então, todos os desafios e complicações desta vida são só um instante. E esta vida também é só um instante.

A nossa sociedade tem uma relação muito desconexa com o tema “morte”. Faz algum tempo que eu percebo que pensar nesse tema, me traz a mesma percepção de olhar para o céu: as coisas aqui embaixo perdem o senso de urgência e importância.

Você, enquanto corpo, enquanto o nome que tem, as roupas que veste, as coisas que possui, é menor do que a importância que dá aos que os outros pensam de você, da mágoa que você guarda das pessoas, da dor que você pode sentir quando ninguém vê.

Mas você, enquanto espírito, enquanto a consciência por trás de tudo o que faz de coração aberto, olhos brilhantes e a coragem de ser exatamente quem você é, é muito maior, mais valiosa e importante do que todas as coisas que não vão durar o suficiente para te ver crescer em todo o esplendor da sua alma.

Acredite no que te impulsiona, liberte-se do que não te serve mais e abrace a sua espiritualidade. Você é maior do que as preocupações passageiras. Conecte-se com a grandiosidade do seu ser interior. 🖤

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Como ter autoestima além da aparência

altar de autocuidado em tons terrosos e verde com escovas, velas, incensos e uma placa escrito self care time

Aparência importa, mas não é só o que importa. Em algum momento paramos de nos importar tanto com o que pensam da nossa aparência e de dar tanta confiança para as expectativas que as pessoas nutrem a respeito de como devemos mostrar beleza.

A própria vida vai nos mostrando que existe outro tipo de autoestima para valorizar. E aí, passamos a nos importar muito mais com a nossa performance intelectual, social, nossa maturidade, nossos valores e qualidades que vão além da mera aparência.

Então, neste artigo eu apresento cinco instruções para trabalhar a autoestima que vai além da aparência e que, se bem trabalhada, nos ajuda a valorizar o que temos de melhor. E, eventualmente, isso também vai se refletir na nossa aparência.

1) Mudar suas crenças e seu diálogo interno

Nunca é demais dizer que saúde mental integra o tema saúde como um todo, mas como é uma coisa muito estigmatizada, as pessoas tendem a negligenciar.

Você não vai se sentir bem e segura a seu próprio respeito se estiver o tempo todo se criticando internamente, ouvindo e multiplicando pensamentos e falas negativas a seu respeito, a respeito da vida e das pessoas.

Pode ser que você tenha ouvido e internalizado muitas coisas ruins a seu respeito recentemente ou na infância. Isso não é motivo para você se tratar com crueldade. Trabalhe as suas crenças e melhore o seu diálogo interno.

Um exercício que gosto de propor é prestar atenção ao que você diz a si mesma e se corrigir sempre que disser algo negativo. Por exemplo, você derruba alguma coisa e automaticamente se chama de “burra” por isso. Imediatamente substitua essa fala por uma positiva.

2) Afaste-se das coisas que te prejudicam

Isso vale para pessoas, lugares, conteúdos e hábitos. Tudo aquilo que fizer você se sentir inferior, estiver prejudicando a sua mudança para um padrão mais positivo e desejado deve ser cortado da sua vida.

Sim, nem todas as pessoas e lugares podem ser facilmente excluídos da sua vida e rotina. Mas repense a sua fidelidade a padrões de comportamento, contas que você segue, conteúdos que você consome e coisas as quais você recorre quando se sente entediada ou confusa.

Também é importante lembrar que às vezes o que te prejudica é um padrão interno, que não está entre as pessoas, lugares e conteúdos lá fora, mas dentro de você. Neste caso, siga para o próximo ponto.

uma mulher de casaco sentada em uma poltrona cinza com uma caneca de chá em livro no colo em frente a uma parede cinza e uma mesa com velas e um vaso com trigo

3) Faça o trabalho interno

Journaling, terapia… Escolha ou combine as modalidades e vá atrás de autoconhecimento! Você pode ter uma vida qualquer ou uma vida segundo a sua alma e isso vai depender do quanto você se conhece e se permite agir conforme a sua individualidade.

Fazer o trabalho interno, buscar autoconhecimento é uma coisa muito falada (por mim mesma até), mas o processo não é sempre divertido e gostoso, porém é muito necessário.

Conhecer a fundo a única pessoa que vai estar com você em todos os momentos é a única maneira de garantir que a sua vida vai ser vivida em gênero, número e grau adequados à sua essência. Não fuja disso!

4) Trabalhe a sua espiritualidade

Considere espiritualidade como um segundo nível de autoconhecimento. Em algum ponto você vai perceber que as coisas humanamente explicáveis não dão conta de tudo o que você é e sente.

Não precisa exercer uma religião se não for a sua vontade (eu mesma não tenho religião), mas encontre uma expressão, uma filosofia, uma prática espiritual com a qual você se identifique e que dê conta de explicar a grandiosidade da sua existência.

Você é mais do que um rostinho bonito e uma personalidade encantadora! 😉

5) Lembre-se que você já é merecedora

Você nasceu merecedora e nada do que você faça (ou deixe de fazer) vai mudar isso! Eu sei que a gente aprende uma percepção de valor muito ligada ao tanto que você é capaz de entregar, de produzir e que isso se funde com a ideia de que você é o que faz.

Merecer é ser digna e você nasceu digna de amor, de cuidado e de tudo mais o que você for capaz de sonhar e desejar. Não permita que uma percepção deturpada de valor te impeça de viver a sua expressão mais plena.

Gostou dessas instruções para desenvolver autoestima além da aparência?

Comece hoje mesmo a trabalhar em si mesma, valorizando suas qualidades, mudando seu diálogo interno e fazendo o trabalho interno necessário para se conhecer melhor.

Lembre-se, você já nasceu merecedora de amor e de uma vida plena. Desperte a melhor versão de si mesma! 🖤

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