Pra começar, eu espero o ano inteiro pra esse dia chegar e quando chega eu simplesmente não sei o que pensar ou como me sentir a respeito. E também não é exatamente um dia comum. É um dia agitado, todo mundo tá correndo de um lado pro outro tentando aprontar comida e deixar a casa arrumada. Fazer festa? Nem rola. Na verdade já tem uma festa rolando e ela nunca tem nada a ver comigo. Mas eu realmente não ligo porque adoro natal, as comidas de natal e o clima natalino que me deixa com um friozinho gostoso na barriga e vários pensamentos positivos.
Sobre presentes, a maioria das pessoas acha péssima a ideia de ganhar só um presente pelas duas datas, mas na prática são poucas as pessoas que saem de indignadas a presenteadoras. Não tô reclamando, só é engraçado mesmo. Nunca ganhei muitos presentes nessa época e, por mim, tudo bem desde que tenha rabanada. E isso me leva à argumentação natalina da rabanada, que eu peço humildemente pra minha mãe fazer, e ela sempre diz que não vai fazer enquanto se prepara pra fazer a sobremesa de abacaxi que meu irmão gosta. Mas no final das contas ela acaba fazendo. Obrigada, Deus (e mãe)!
Uma vez minha avó e meus tios esqueceram que era meu aniversário. Numa outra vez fiz um churrasco (no próprio dia 24) que durou tempo suficiente pra me divertir com meus amigos e mandar todo mundo pra casa a tempo da ceia. Meu aniversário de 15 anos aconteceu em janeiro. Quando eu era criança tinha festas de aniversário, mas não faço ideia de quando elas aconteciam. Não tenho grandes traumas com isso e, na realidade, eu costumava atribuir um significado oculto especial ao fato de fazer aniversário dia 24 de dezembro. Alguma coisa que ia justificar nascer numa data tão nada a ver. Foram 25 anos e ainda não descobri.
O que eu descobri mesmo é que sempre fico sem graça quando me desejam feliz aniversário e acho engraçado não poder responder só com obrigada, mas com obrigada, feliz natal pra você e pra sua família, feliz ano novo. Não consigo fazer grandes reflexões nesse dia porque tô distraída demais me entupindo de tarefas e acompanhando a programação especial de natal da TV (ou ignorando completamente a existência da TV) ou tentando capturar o espírito natalino pra guardar num potinho e não me perder dessa magia do natal. Sim, é uma distração bem boba, mas eu nem ligo.
Quando me vejo já estou sentada no sofá no dia 25, comendo os restos de ceia e zerando a contagem pro próximo aniversário. E quase tudo se repete. ♡
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