Como ter autoestima além da aparência

altar de autocuidado em tons terrosos e verde com escovas, velas, incensos e uma placa escrito self care time

Aparência importa, mas não é só o que importa. Em algum momento paramos de nos importar tanto com o que pensam da nossa aparência e de dar tanta confiança para as expectativas que as pessoas nutrem a respeito de como devemos mostrar beleza.

A própria vida vai nos mostrando que existe outro tipo de autoestima para valorizar. E aí, passamos a nos importar muito mais com a nossa performance intelectual, social, nossa maturidade, nossos valores e qualidades que vão além da mera aparência.

Então, neste artigo eu apresento cinco instruções para trabalhar a autoestima que vai além da aparência e que, se bem trabalhada, nos ajuda a valorizar o que temos de melhor. E, eventualmente, isso também vai se refletir na nossa aparência.

1) Mudar suas crenças e seu diálogo interno

Nunca é demais dizer que saúde mental integra o tema saúde como um todo, mas como é uma coisa muito estigmatizada, as pessoas tendem a negligenciar.

Você não vai se sentir bem e segura a seu próprio respeito se estiver o tempo todo se criticando internamente, ouvindo e multiplicando pensamentos e falas negativas a seu respeito, a respeito da vida e das pessoas.

Pode ser que você tenha ouvido e internalizado muitas coisas ruins a seu respeito recentemente ou na infância. Isso não é motivo para você se tratar com crueldade. Trabalhe as suas crenças e melhore o seu diálogo interno.

Um exercício que gosto de propor é prestar atenção ao que você diz a si mesma e se corrigir sempre que disser algo negativo. Por exemplo, você derruba alguma coisa e automaticamente se chama de “burra” por isso. Imediatamente substitua essa fala por uma positiva.

2) Afaste-se das coisas que te prejudicam

Isso vale para pessoas, lugares, conteúdos e hábitos. Tudo aquilo que fizer você se sentir inferior, estiver prejudicando a sua mudança para um padrão mais positivo e desejado deve ser cortado da sua vida.

Sim, nem todas as pessoas e lugares podem ser facilmente excluídos da sua vida e rotina. Mas repense a sua fidelidade a padrões de comportamento, contas que você segue, conteúdos que você consome e coisas as quais você recorre quando se sente entediada ou confusa.

Também é importante lembrar que às vezes o que te prejudica é um padrão interno, que não está entre as pessoas, lugares e conteúdos lá fora, mas dentro de você. Neste caso, siga para o próximo ponto.

uma mulher de casaco sentada em uma poltrona cinza com uma caneca de chá em livro no colo em frente a uma parede cinza e uma mesa com velas e um vaso com trigo

3) Faça o trabalho interno

Journaling, terapia… Escolha ou combine as modalidades e vá atrás de autoconhecimento! Você pode ter uma vida qualquer ou uma vida segundo a sua alma e isso vai depender do quanto você se conhece e se permite agir conforme a sua individualidade.

Fazer o trabalho interno, buscar autoconhecimento é uma coisa muito falada (por mim mesma até), mas o processo não é sempre divertido e gostoso, porém é muito necessário.

Conhecer a fundo a única pessoa que vai estar com você em todos os momentos é a única maneira de garantir que a sua vida vai ser vivida em gênero, número e grau adequados à sua essência. Não fuja disso!

4) Trabalhe a sua espiritualidade

Considere espiritualidade como um segundo nível de autoconhecimento. Em algum ponto você vai perceber que as coisas humanamente explicáveis não dão conta de tudo o que você é e sente.

Não precisa exercer uma religião se não for a sua vontade (eu mesma não tenho religião), mas encontre uma expressão, uma filosofia, uma prática espiritual com a qual você se identifique e que dê conta de explicar a grandiosidade da sua existência.

Você é mais do que um rostinho bonito e uma personalidade encantadora! 😉

5) Lembre-se que você já é merecedora

Você nasceu merecedora e nada do que você faça (ou deixe de fazer) vai mudar isso! Eu sei que a gente aprende uma percepção de valor muito ligada ao tanto que você é capaz de entregar, de produzir e que isso se funde com a ideia de que você é o que faz.

Merecer é ser digna e você nasceu digna de amor, de cuidado e de tudo mais o que você for capaz de sonhar e desejar. Não permita que uma percepção deturpada de valor te impeça de viver a sua expressão mais plena.

Gostou dessas instruções para desenvolver autoestima além da aparência?

Comece hoje mesmo a trabalhar em si mesma, valorizando suas qualidades, mudando seu diálogo interno e fazendo o trabalho interno necessário para se conhecer melhor.

Lembre-se, você já nasceu merecedora de amor e de uma vida plena. Desperte a melhor versão de si mesma! 🖤

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Limitar Para Expandir

Conhecer e definir os seus limites é um excelente hábito de autocuidado. Ao contrário do que se sente ao dizer “não”, definir limites não é um ato de egoísmo e nem significa que você é uma má pessoa.

Entender os seus limites te permite saber até onde você consegue ir sem muito esforço e gasto desnecessário de energia e, é claro, te ajuda a manter o seu espaço pessoal, físico e emocional da maneira que for melhor para você.

Isso dá às pessoas a chance de te conhecer e respeitar ou encontrar o caminho da rua. Afinal, você não é obrigada a abrir ou manter espaços na sua vida para quem não respeita as regras da sua casa – do seu trabalho, do seu corpo, das suas emoções…

Seus limites permitem que você saiba a hora de expandir

Quando você sabe até onde consegue ir com a força que tem agora e, mais importante, quando sabe o que você realmente deseja, você descobre que as suas limitações (ou dificuldades) têm um prazo de validade – especialmente se são limitações que te impedem de chegar aonda você quer.

As suas fronteiras e o tanto de energia que você vai precisar depositar nessa empreitada precisam ser familiares para você. Afinal, os limites são para o outro e não para você.

Comunicar esses limites é para que você não se perca de si mesma sendo invadida por demandas externas, e nem tenha seus sentimentos e necessidades invalidados. Mas você não deve ficar presa do lado de dentro desses limites.

Não use as limitações como desculpa

Às vezes na ânsia de manter as pessoas do lado de fora, você se tranca do lado de dentro e isso não contribui com a sua própria caminhada.

Os seus limites são seus. E você é a única pessoa que pode dizer quando é hora de deixá-los quietos e quando é hora de romper esses limites e ir além. Ninguém pode te forçar a percorrer um caminho para o qual você não estiver preparada. Mas é seu papel não paralisar usando um limite como desculpa para não se arriscar a fazer algo que pode ser bom para você.

Lembre-se:

Seus limites são guias e não barreiras. Cuide-se! 😉

Rompendo Ciclos e Padrões

Todas as coisas têm o seu ciclo (a natureza, a vida, as pessoas) e dentro de cada ciclo é possível perceber diversos padrões. No ciclo da vida, a infância conta uma história importante (e subestimada), que revela nossa personalidade e nossas escolhas como pessoas adultas.

Você pode fazer de conta que isso é coisa do passado porque você “não morreu nem nada”, mas as coisas que você ouviu, viu e pensou que eram normais ou que não eram normais afetaram a forma como você se comporta hoje. Seja porque você decidiu seguir os mesmos caminhos, fazer o extremo oposto ou não pensar demais a respeito e só “seguir o fluxo”.

Seguir o fluxo pode ser bom quando você entende o que é esse fluxo e aproveita para viver de maneira consciente as situações que ele apresenta. Mas quando você não presta atenção, pode acabar repetindo experiências que você viu e internalizou sem se dar conta – se isso é bom ou ruim, só você pode dizer.

Até que alguém desperte e assuma a responsabilidade de romper com esses ciclos e padrões, eles vão continuar se repetindo. Não porque a vida seja cruel, mas porque as possibilidades de lidar com uma mesma situação são infinitas e a vida vai promovendo novas oportunidades para que haja novas resoluções.

Observe o que é feito no piloto automático

É necessário investigar os pensamentos, comportamentos, as palavras que são usadas automaticamente e criar mecanismos que nos permitam perceber essas ações automáticas e transformá-las na hora do “vamo ver”.

Quais são as palavras e expressões que você mais repete? Que ideias estão por trás dessas palavras? De onde ou por meio de quem elas vieram até você? Elas condizem com quem você é ou com a vida que você tem ou quer ter? É possível substituir essas falas por algo que faça mais sentido?

O mesmo vale para o que você pensa! No que você mais pensa? Esses pensamentos fazem você se sentir bem ou mal? Eles contribuem para o seu bem estar e desenvolvimento? Quanto tempo você dedica a pensar nas coisas que te fazem mal? E nas coisas que te fazem bem? Esses pensamentos são seus ou são fruto de algo que te disseram? É possível escolher pensamentos que te deixem de cabeça leve?

Por fim, os comportamentos. O que você faz diariamente? Quantas dessas coisas você faz porque quer e quantas você faz porque precisa? É possível fazê-las de uma outra forma? Quantas coisas você faz no automático e precisa checar porque não lembra de ter feito? Que coisas você faz que sabe que são ruins para você e para os outros? Você se apoia na desculpa da personalidade para manter hábitos nocivos? É possível agir de forma mais consciente? Você quer fazer isso?

Rotina como alternativa às novas possibilidades

A rotina pode funcionar como um treino para lidar com essas questões e outras mais desafiadoras que aparecem de brinde. A zona de conforto soa convidativa e gostosinha, mas te deixa despreparada para lidar com o que a vida frequentemente requer para a quebra desses padrões antigos.

As pessoas normalmente projetam no futuro a ideia de uma vida melhor, de um eu mais evoluído e bem sucedido, mas esquecem que o glow up não acontece da noite para o dia. É preciso algum nível de compromisso e investimento de tempo e energia diários para que exista um “antes e depois” que valha a pena ser mostrado.

Fazer escolhas diferentes

Tudo o que você viveu agora é uma espécie de programação que pode ser desfeita, mas demanda disposição e dedicação. E, é claro, fazer escolhas diferentes daquelas que foram apresentadas como as únicas possíveis. Caso contrário, você vai continuar vivendo o mesmo tipo de vida, limitada pelas mesmas ideias e crenças de outras pessoas.

Eu não sou a pessoa que vai te dizer que você tem controle absoluto sobre tudo o que te acontece. Mas sou a pessoa que sempre diz que só dá para fazer o que dá para fazer. Isso significa que as coisas que importam que você faça estarão ao seu alcance para serem feitas. Todo o resto é ansiedade.

Não está na sua mão? Não é sua responsabilidade. Fique com o que você pode fazer e FAÇA O QUE PUDER SER FEITO! Não terceirize suas responsabilidades e não assuma mais do que é possível para você agora.

Seja amiga da sua rotina e aproveite cada pequena oportunidade para se sintonizar com o que você deseja. Um dia de cada vez. 🖤