Que tipo de protagonista é você?

Photo by S O C I A L . C U T on Unsplash

Todas nós somos feitas de histórias. As boas, as ruins e as que a gente mal se lembra. Todas essas histórias têm parte em quem nos tornamos. Mas a forma como a gente conta essas histórias importa muito. Porque é a partir dos trechos que a gente seleciona, dos pontos de vista e da importância que a gente dá para certos detalhes que é possível descobrir que tipo de protagonista a gente é. Você já parou para pensar nisso alguma vez?

Há algum tempo debati com uma amiga as características da protagonista de uma série que não era o melhor exemplo de mocinha a que estávamos acostumadas. Mas por que deveria ser? A arte confronta a gente nesses pontos às vezes. Nem todo mundo consegue ser herói o tempo todo. Protagonistas meio desajustados sempre me fazem questionar o meu próprio posicionamento na vida. Se isto aqui fosse uma série e eu fosse a espectadora (o que, de certa forma, também sou), será que eu me acharia uma protagonista chata?

A história é minha e, mesmo que eu não me veja no controle de muitas coisas, a forma como eu conto (até para mim mesma) esta história pode mudar a forma como eu lido com o que já me aconteceu, acontece e ainda pode acontecer. Eu poderia omitir minhas vitórias, exaltar os meus erros, desconsiderar episódios e fazer de conta que certas personagens jamais existiram. Talvez, com isso, montasse uma narrativa muito ruim e sem nexo que dificultasse a compreensão ou a conclusão da história. Tudo depende do tipo de protagonista eu me proponho a ser e, é claro, de que tipo de desfecho eu espero conseguir daqui para frente.

Escolher os rumos da sua história, as ações e reações da protagonista e a forma como tudo isso será contado, apesar de poder inspirar muitas pessoas que te assistem, são ajustes que você precisa fazer considerando o seu próprio ponto de vista e tesão em viver a própria vida. É você quem se assiste, se ouve, se sente e se vive em tempo integral. A sua história está fazendo sentido para você? Como você poderia contar e viver essa vida de um jeito que te orgulhe e te coloque no papel principal, que é o lugar ao qual você pertence?

Publicado por

Elisa Alecrin

Provocando a realidade de dentro para fora e documentando o processo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *