Quem vale a sua paz



Ninguém que valha a sua paz vai te fazer abrir mão dela.

Foi a última coisa que disse na última postagem e achei que deveria desenvolver essa ideia. E ela surgiu há alguns anos, quando eu entendi que relacionamentos são oportunidades espirituais, não uma troca de necessidades, de acordo com o livro “Deixe os homens aos seus pés” (que é menos ruim do que parece, já que se trata de um livro de autoempoderamento e não de um manual de como atrair os homens – pelo amor de Deus, né?), da Marie Forleo. Depois de ter contato com essa ideia (algumas vezes), botei na cabeça que eu não me envolveria mais com ninguém que não me entendesse e não estivesse disposto a crescer e se desenvolver comigo como uma equipe, em vez de fazer eu me sentir inadequada e insuficiente.
Depois de me enfiar em algumas furadas (e trazer algumas pessoas comigo), eu finalmente entendi que estava focando no lado errado da coisa e adotei como lema pessoal o trecho da música do Fábio Jr que diz “nem por você nem por ninguém eu me desfaço dos meus planos”. Tomei essa verdade pra mim acreditando do fundo do meu coração que ninguém que valesse a minha maior loucura de amor exigiria de mim o que quer que essa loucura fosse. E funciona.
Eu vejo muita gente se atropelar entre a vontade de crescer profissionalmente e negar que queira ter um amor enquanto se sente carente. Carência nem é uma coisa boa, na verdade. Porque sim, você precisa gostar da sua própria companhia antes de gostar de alguma outra, por mais clichê que isso possa parecer (e vale muito a pena prestar atenção nos clichês – muitas vezes eles escondem lições incríveis). Acho muito limitada a ideia de que a gente tem que escolher entre uma coisa e outra. A vida como a gente conhece não dura pra sempre e nem sempre os nossos planos funcionam como a gente espera. Por que você tem que escolher entre uma coisa ou outra se você pode, tijolo por tijolo, construir uma carreira incrível ao lado de alguém que te apoia, te ajuda (e vice versa, porque é importante não ser egoísta) e comemora junto com você as suas conquistas?
Pode ser cool manter as aparências de que você é um lobo solitário, que não precisa de ninguém e que romance é uma coisa bobinha ou complicada demais, mas vira e mexe você se torna o ser humano mais insuportavelmente carente do planeta. Pode soar engraçadinho e te dar uma sensação de pertencimento neste mundo que gosta de fazer piada da própria desgraça pra fingir que nem doeu, mas no fundo só você sabe o quanto isso te custa. Você não precisa escolher entre casar e ter uma bicicleta. Se você estiver completamente alinhado à verdade que carrega dentro de si, pode ter os dois (talvez ganhar uma bicicleta como presente de casamento – não custa nada sonhar). Mas a menos que ter só um ou outro (ou nenhum dos dois) seja uma manifestação fiel às vontades que você carrega dentro do peito, você não precisa escolher entre ser só um pouco feliz ou muito feliz. Você pode só ser muito feliz sem precisar escolher.
E qualquer pessoa que te ame de verdade (e isso te inclui) não vai te fazer escolher entre o amor da sua vida e a carreira dos seus sonhos. Mesmo que ela valha a pena sequer pensar nessa possibilidade. ♡

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Publicado por

Elisa Alecrin

Provocando a realidade de dentro para fora e documentando o processo.

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