O valor de se perdoar


Nem sempre a gente vai conseguir fazer o que imagina, o que queria ou como queria. Às vezes os planos vão por água abaixo, a gente acaba não fazendo o que esperava ou acaba entregando menos do que queria. Frustrar as próprias expectativas também é ruim à beça e eu acho que isso influencia diretamente na imagem que fazemos de nós mesmos. Quantas vezes nos consideramos menos capazes por termos errado ou por não estarmos no melhor dia para entregar todo nosso potencial a uma atividade?
O perdão não serve só para as outras pessoas, mas para nós também. Por quanto tempo vamos ficar nos julgando por erros pelos quais não podemos fazer mais nada a respeito? E até quando a gente vai deitar para dormir e ficar lembrando daquela mancada que cometemos há tempo demais para ser considerado recente? Eu sei que você faz isso. Muita gente faz isso. Mas se a gente parar para pensar é um tempo muito mal gasto. Podendo sonhar acordados antes de dormir, a gente prefere se cobrir de coisas que não podemos mudar.

Esses dias eu estava aqui me cobrando por causa de um trabalho que não consegui desenvolver como queria. Acontece. Dá para aprender com isso, olhar para a experiência como parte de um todo, que um dia vai ficar bonito, mesmo que esteja meio (ou completamente) bagunçado agora. Mas dar o passo seguinte, levantar disposto a tentar, se refazer, arriscar mais uma vez, só acontece quando a gente se perdoa. E também quando aceita que errar faz parte, não é o fim do mundo.

Acredito que o perdão tem muito a ver com entender que os erros fazem tão parte do outro quanto fazem parte de mim. Podem não aflorar do mesmo jeito, mas afloram de outro, de qualquer jeito. Não dá para fugir. Não dá para viver se escondendo no medo de errar e se agarrar a todos os erros passados para justificar o medo de errar no futuro. Perdoar é uma questão de aceitar (que a gente erra, que as pessoas erram e que isso não necessariamente define alguém) ou surtar. Como eu não quero surtar e pretendo continuar progredindo, já sei o que escolher. E você? ♡


• • •
Follow Me:
YouTube | Instagram | Spotify

Deixe seu comentário

Não são seus olhos, mas o seu olhar


Eu queria que você parasse de se odiar. Que se olhasse no espelho e entendesse o valor de se gostar. Você não precisa mudar nada, a não ser a visão que tem de si mesma. Além disso, eu queria que você entendesse que esse incômodo não tem nada a ver com a sua aparência. Mudar seu nariz, seu cabelo ou sua barriga não vai fazer mais por você do que autoconsciência faria.
Você acredita que não pode. Eu sei que você pode. Você se esconde, esperando o dia em que vai ser bonita. Você já é bonita. Não precisa esperar pra ser uma coisa que vai fazer com que te vejam de outro jeito. Se veja de outro jeito. É com você, não com eles. Não é de fora pra dentro, é de dentro pra fora. Quando você estiver se sentindo bem, eles vão perceber. Não precisa eles perceberem pra então você se sentir bem.
Sabe aquele cara de quem você tanto quer atenção? Ele não merece quem você é até que esteja pronto pra te enxergar além do seu corpo, do seu cabelo, daquilo que dá uma dica de quem você é, mas que não te apresenta por completo. Me diz quem você está sendo tentando caber numa forma, numa beleza que não te revela, só te faz se sentir mal e diminuída porque não é sua.
Os dias não seriam todos perfeitos, mas você passaria menos tempo tentando agradar os outros com a desculpa de estar se sentindo feia, “gorda” ou nariguda. Não tem nada de errado com seu corpo, com seu rosto, com seu cabelo. Eu queria que você pudesse se enxergar como eu te enxergo. Eu queria que você parasse de se odiar.
Mas, de qualquer forma, só quem pode fazer isso por você é você mesma. ♡
• • •
Follow Me:

Deixe seu comentário