Bem mais do fundo do coração

 
Confesso que não sei nem como começar a escrever este post. Queria fugir de tudo o que eu já disse aqui sobre mudanças anteriormente. Porque a verdade é que eu não tenho muitas certezas no momento. Mas as poucas certezas que tenho estão exigindo que eu não faça mais as mesmas coisas de sempre. E ao mesmo tempo, o medo de fazer as coisas do jeito errado e, mais ainda, o medo de como essas coisas serão recebidas têm criado uma nuvem cheia de dúvidas na minha cabeça.
 
Já fiz a mesma coisa de diversas maneiras diferentes na esperança de me sentir melhor, mas não me sinto. A pessoa que eu me imagino sendo não tem quase nada da pessoa que eu aparento ser. E conversas com amigos, conteúdos de diversos tipos que consumi nos últimos tempos, me fizeram perceber que eu estou fazendo muito menos do que gostaria por preguiça e por medo. Isso assombra os meus pensamentos e me mantém travada no mesmo lugar.
 
Mas não é essa a pessoa que eu sou. A pessoa que eu sou tem coisas bem mais do fundo do coração pra compartilhar. Mas o que vem do fundo do coração deixa a gente exposto/vulnerável e é por isso que eu tenho evitado (desde o começo deste blog) “botar a cara no sol”. É cômodo e é seguro. Só que o cômodo não me aproxima de nada do que eu realmente quero pra minha vida. E nada é realmente seguro. Correr riscos é necessário.
 
Eu não estou certa do que vou fazer daqui pra frente, mas como dizem “a vida começa fora da zona de conforto”. E a zona de conforto não me comporta mais.
 
“Talvez eu tenha que andar um pouco mais, mas olha o tanto que eu já deixei pra trás…”

Romance de ponte aérea

 
Eu estava pensando sobre os momentos da vida em que a gente decide uma coisa que muda tudo para sempre. E a gente nunca realmente está consciente dessas decisões até que elas sejam parte do passado. É sempre estranho (não de um jeito necessariamente ruim) pensar nisso, mas também sempre me faz perceber que não importa quão ruim ou boa tenha sido uma decisão, eu não seria quem sou hoje se não tivesse escolhido o que escolhi.
 
Parece uma coisa de menina boba (e eu parei de me importar muito com isso), mas desde sempre eu gostei de acreditar que todas as pequenas coisas que me constroem não são à toa. Como se minha vida fosse um livro, uma série ou um filme. E no final das contas (eu adoro dizer isso) cada um é protagonista da própria história, não é mesmo? Eu sempre quis viver uma vida de filme, mas eu não lembro de ter falado ou pensado o suficiente sobre isso. Mas aqui estamos.
 
Talvez eu não fale tanto disso quanto eu falaria na história que passa dentro da minha cabeça, mas o Instagram me proporcionou viver um enredo de filme. Um filme bem louco com um histórico de corações partidos que se revelaram super úteis e uma trilha sonora vasta e com muito ukulele. Romance de ponte aérea e dois universos completamente diferentes, com idiomas diferentes.
 
Eu ainda estou assustada com o rumo completamente inesperado que as coisas tomaram nos últimos meses, mas a vida é para ser vivida. Ouvi das bocas mais aleatórias palavras reconfortantes. Encontrei paz e certeza nas coisas mais simples dos meus dias e a coragem para ser, viver e conquistar se apresenta cada dia mais forte e clara (não é só uma coisa que eu sinto, mas que eu também entendo). Meu coração literalmente (e eu sei o que significa literalmente) oscilou e por um tempo eu fiquei paralizada por não acreditar que eu já estava preparada. Mas acontece que eu estou.
 
Se não estivesse preparada, eu não teria tomado a decisão de responder aquela mensagem aleatória. E daquele dia em diante tudo poderia ter sido completamente diferente do que é agora. Mas é assim que funciona e a gente vai escolhendo as nossas falas, atuando nas nossas cenas e desenrolando nosso próprio filme. Eu sei que é só o começo de uma nova história, mas as decisões de antes, de agora e as que ainda vou tomar vão me levar para algum lugar que eu nunca imaginei estar.
 
Com sorte esse lugar vai ser perto de você. ♡

Talvez nem tanto


A gente não manda no que sente. Ou manda? Talvez sim. Quando a gente decide no que vai acreditar e por quê. Tudo o que a gente sente passa a fazer sentido a partir das nossas crenças. E eu vejo isso em você. Lembro quantas vezes eu te disse que acreditava em você, que acreditava na gente. Eu acho que você não acreditava em mim e eu parei de acreditar na gente. E em você.
Para algumas pessoas as promessas só fazem sentido quando cumpridas. E eu queria ter só deixado isso no ar, mas não foi suficiente. Mas também não foi suficiente dizer com todas as palavras. Havia um estado de dormência que aparentemente a gente não enxergava. E tudo se desfez na marra, na dor, debaixo de chuva e um ruidoso barulho de paredes caindo.
Eu não gosto de fazer esse papel e detesto ser a pessoa que enxerga isso de longe. Bom, talvez nem tanto. Mas eu sinto e sinto tanto tudo o tempo todo que não consigo parar de pensar no que vai ser de você. E nem é que eu me ache muito importante. Eu só sei que mesmo querendo a gente não consegue lidar com certas dores. Com certas novidades.
Penso que sou sensível demais nessas voltas, que estou tendo uma recaída… E é quando eu lembro que eu já senti coisas que nunca soube dar nome e que volta e meia alguma música cutuca o fundo do meu coração e traz à tona alguns desses sentimentos. E eu chamo de frio na barriga porque é mais fácil.
Mas tudo bem para mim. Eu sou esse um metro e meio de um montão de sentimentos que ninguém acredita que eu tenho, porque eu sou cool demais para deixar alguém enxergar isso (e eu odeio quando alguém tenta). Mas você não. Você é o poço de razão. A pessoa que vive bem sem dramatizar a vida e sem se importar em contrariar as pessoas com o que vai dizer.
E é só isso que eu espero de você. Que continue sendo você mesmo sem se importar demais a ponto de deixar de ser quem você é (e sempre foi). ♡
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