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Categoria: Contos & Crônicas Page 5 of 21

Contos, crônicas e produções textuais sobre amor, a vida e amizade.

Fora do automático

Processed with VSCO with m5 presetOlá, fazia tempo que eu não aparecia por aqui. Estava tentando encontrar não só as palavras certas, mas também a razão certa pra continuar criando (texto, foto, música – enfim, conteúdo). Parece que eu considerava algumas coisas tão certas que passei a fazer tudo no automático. E o automático não me deixa criar e me põe em processo de repetição. Repetição de ideias, de palavras e de padrões que não são saudáveis pra mim (e são pra alguém?).

Eu dei um chega pra lá em todas as vozes na minha cabeça que repetem: o que vão pensar de você quando virem isso? Bom, eu cheguei à conclusão de que vão pensar mesmo sem ver. Ou não vão pensar, porque cada um tem o seu próprio rolê. A gente perde muito tempo tentando adivinhar o que as pessoas vão pensar e elas podem estar ocupadas demais pra sequer lembrarem que a gente existe. Também pode ocorrer de elas não estarem assim tão ocupadas. E neste caso, elas deveriam. Pronto. Também penso algo delas, então estamos quites.

Eu entendo os motivos pelos quais as coisas que eu decido sobre o que faço possam parecer banais. Mas eu não sei fazer nada sem encontrar um sentido. Se leio um livro, ouço uma música ou assisto a um filme ou série, em algum momento uma cena, uma frase, uma palavra vai me atingir de um jeito diferente e me fazer pensar um pouco mais sobre a vida. Eu penso muito sobre a vida. E percebi que tava na hora de parar de só pensar e fazer alguma coisa. Mesmo que essa coisa me assuste e não faça sentido pra muita gente.

Nos últimos dois anos eu passei a repensar todas as coisas que eu estava fazendo no automático. As ideias automáticas, as fotos automáticas, as músicas e os vídeos tutoriais automáticos e, o pior de tudo, a busca automática por sonhos que não faziam mais sentido. Passei a tentar entender em que momento tudo isso se perdeu e o que nisso tudo eu realmente gostava e o que era só o que as expectativas das pessoas sobre mim demandavam.

Foi desconfortável perceber que eu estive apegada a certas coisas por puro costume. E foi reconfortante perceber que não é necessário abrir mão de uma coisa só porque outra parece fazer mais sentido. Pelo menos não por enquanto. A gente pode (e eu acredito que deve) somar as nossas habilidades. Combinar nossas possibilidades para criar algo que faça sentido dentro do nosso mundo e no mundo de quem mais se permitir sentir isso. E foi assim que eu descobri que não estava fazendo metade do que eu poderia, gostaria e deveria estar fazendo.

Então, eu desliguei o automático e me pus a observar. Me observar. E eu quero compartilhar as coisas que eu descobrir sobre existir, tentar e viver neste mundo. Porque mais do que encontrar sentido nas coisas, eu quero dividir isso. Mesmo que às vezes nada faça sentido e não me reste outra alternativa a não ser tentar de novo. E de novo. E assim até que eu encontre o sentido. Ou que ele me encontre. ♡

Onde eu deveria estar

Photo by Simon Maage on Unsplash

Começou pelo livro que eu li de manhã. You are a badass, da Jen Sincero. Ela falava sobre a importância de “dar”. Eu não vou refazer minha frase pra você não pensar besteira. A gente pensa bem superficialmente sobre dar & receber que quase não percebe que as duas ações vão além de coisas palpáveis. Fiquei pensando o que exatamente eu faria com essa informação ao longo do meu dia.
Não foi o dia mais calmo e feliz que eu tive, mas os problemas foram solucionados, todos estão bem e eu começo a aceitar o que antes sequer conseguia pensar a respeito. E às vezes é só depois do banho, pijama e do inspira & expira que a gente se dá conta das coisas. No meu caso foi perceber o tanto que eu recebo de gente que acompanho todos os dias por uma tela (alô stories, tô falando de você) e enviar uma mensagem de “ei, isso que tu faz é lindo e melhora meu dia de tantas formas que eu só sei dizer: obrigada”.
Como a pessoa que muitas vezes tá do lado de cá da tela, posso dizer que uma mensagem assim tem o poder de salvar um dia ruim e um momento de “putz, era isso mesmo que eu deveria estar fazendo?”
E dar esse tipo de feedback e de carinho online chega como abraço quentinho seguido de “sim, era isso e você está exatamente onde deveria”. ♡
“If you want to attract good things and feelings into your life,
send awesomeness out to everyone around you.” – Jen Sincero
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Quem vale a sua paz



Ninguém que valha a sua paz vai te fazer abrir mão dela.

Foi a última coisa que disse na última postagem e achei que deveria desenvolver essa ideia. E ela surgiu há alguns anos, quando eu entendi que relacionamentos são oportunidades espirituais, não uma troca de necessidades, de acordo com o livro “Deixe os homens aos seus pés” (que é menos ruim do que parece, já que se trata de um livro de autoempoderamento e não de um manual de como atrair os homens – pelo amor de Deus, né?), da Marie Forleo. Depois de ter contato com essa ideia (algumas vezes), botei na cabeça que eu não me envolveria mais com ninguém que não me entendesse e não estivesse disposto a crescer e se desenvolver comigo como uma equipe, em vez de fazer eu me sentir inadequada e insuficiente.
Depois de me enfiar em algumas furadas (e trazer algumas pessoas comigo), eu finalmente entendi que estava focando no lado errado da coisa e adotei como lema pessoal o trecho da música do Fábio Jr que diz “nem por você nem por ninguém eu me desfaço dos meus planos”. Tomei essa verdade pra mim acreditando do fundo do meu coração que ninguém que valesse a minha maior loucura de amor exigiria de mim o que quer que essa loucura fosse. E funciona.
Eu vejo muita gente se atropelar entre a vontade de crescer profissionalmente e negar que queira ter um amor enquanto se sente carente. Carência nem é uma coisa boa, na verdade. Porque sim, você precisa gostar da sua própria companhia antes de gostar de alguma outra, por mais clichê que isso possa parecer (e vale muito a pena prestar atenção nos clichês – muitas vezes eles escondem lições incríveis). Acho muito limitada a ideia de que a gente tem que escolher entre uma coisa e outra. A vida como a gente conhece não dura pra sempre e nem sempre os nossos planos funcionam como a gente espera. Por que você tem que escolher entre uma coisa ou outra se você pode, tijolo por tijolo, construir uma carreira incrível ao lado de alguém que te apoia, te ajuda (e vice versa, porque é importante não ser egoísta) e comemora junto com você as suas conquistas?
Pode ser cool manter as aparências de que você é um lobo solitário, que não precisa de ninguém e que romance é uma coisa bobinha ou complicada demais, mas vira e mexe você se torna o ser humano mais insuportavelmente carente do planeta. Pode soar engraçadinho e te dar uma sensação de pertencimento neste mundo que gosta de fazer piada da própria desgraça pra fingir que nem doeu, mas no fundo só você sabe o quanto isso te custa. Você não precisa escolher entre casar e ter uma bicicleta. Se você estiver completamente alinhado à verdade que carrega dentro de si, pode ter os dois (talvez ganhar uma bicicleta como presente de casamento – não custa nada sonhar). Mas a menos que ter só um ou outro (ou nenhum dos dois) seja uma manifestação fiel às vontades que você carrega dentro do peito, você não precisa escolher entre ser só um pouco feliz ou muito feliz. Você pode só ser muito feliz sem precisar escolher.
E qualquer pessoa que te ame de verdade (e isso te inclui) não vai te fazer escolher entre o amor da sua vida e a carreira dos seus sonhos. Mesmo que ela valha a pena sequer pensar nessa possibilidade. ♡

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