Romance de ponte aérea

 
Eu estava pensando sobre os momentos da vida em que a gente decide uma coisa que muda tudo para sempre. E a gente nunca realmente está consciente dessas decisões até que elas sejam parte do passado. É sempre estranho (não de um jeito necessariamente ruim) pensar nisso, mas também sempre me faz perceber que não importa quão ruim ou boa tenha sido uma decisão, eu não seria quem sou hoje se não tivesse escolhido o que escolhi.
 
Parece uma coisa de menina boba (e eu parei de me importar muito com isso), mas desde sempre eu gostei de acreditar que todas as pequenas coisas que me constroem não são à toa. Como se minha vida fosse um livro, uma série ou um filme. E no final das contas (eu adoro dizer isso) cada um é protagonista da própria história, não é mesmo? Eu sempre quis viver uma vida de filme, mas eu não lembro de ter falado ou pensado o suficiente sobre isso. Mas aqui estamos.
 
Talvez eu não fale tanto disso quanto eu falaria na história que passa dentro da minha cabeça, mas o Instagram me proporcionou viver um enredo de filme. Um filme bem louco com um histórico de corações partidos que se revelaram super úteis e uma trilha sonora vasta e com muito ukulele. Romance de ponte aérea e dois universos completamente diferentes, com idiomas diferentes.
 
Eu ainda estou assustada com o rumo completamente inesperado que as coisas tomaram nos últimos meses, mas a vida é para ser vivida. Ouvi das bocas mais aleatórias palavras reconfortantes. Encontrei paz e certeza nas coisas mais simples dos meus dias e a coragem para ser, viver e conquistar se apresenta cada dia mais forte e clara (não é só uma coisa que eu sinto, mas que eu também entendo). Meu coração literalmente (e eu sei o que significa literalmente) oscilou e por um tempo eu fiquei paralizada por não acreditar que eu já estava preparada. Mas acontece que eu estou.
 
Se não estivesse preparada, eu não teria tomado a decisão de responder aquela mensagem aleatória. E daquele dia em diante tudo poderia ter sido completamente diferente do que é agora. Mas é assim que funciona e a gente vai escolhendo as nossas falas, atuando nas nossas cenas e desenrolando nosso próprio filme. Eu sei que é só o começo de uma nova história, mas as decisões de antes, de agora e as que ainda vou tomar vão me levar para algum lugar que eu nunca imaginei estar.
 
Com sorte esse lugar vai ser perto de você. ♡

Talvez nem tanto


A gente não manda no que sente. Ou manda? Talvez sim. Quando a gente decide no que vai acreditar e por quê. Tudo o que a gente sente passa a fazer sentido a partir das nossas crenças. E eu vejo isso em você. Lembro quantas vezes eu te disse que acreditava em você, que acreditava na gente. Eu acho que você não acreditava em mim e eu parei de acreditar na gente. E em você.
Para algumas pessoas as promessas só fazem sentido quando cumpridas. E eu queria ter só deixado isso no ar, mas não foi suficiente. Mas também não foi suficiente dizer com todas as palavras. Havia um estado de dormência que aparentemente a gente não enxergava. E tudo se desfez na marra, na dor, debaixo de chuva e um ruidoso barulho de paredes caindo.
Eu não gosto de fazer esse papel e detesto ser a pessoa que enxerga isso de longe. Bom, talvez nem tanto. Mas eu sinto e sinto tanto tudo o tempo todo que não consigo parar de pensar no que vai ser de você. E nem é que eu me ache muito importante. Eu só sei que mesmo querendo a gente não consegue lidar com certas dores. Com certas novidades.
Penso que sou sensível demais nessas voltas, que estou tendo uma recaída… E é quando eu lembro que eu já senti coisas que nunca soube dar nome e que volta e meia alguma música cutuca o fundo do meu coração e traz à tona alguns desses sentimentos. E eu chamo de frio na barriga porque é mais fácil.
Mas tudo bem para mim. Eu sou esse um metro e meio de um montão de sentimentos que ninguém acredita que eu tenho, porque eu sou cool demais para deixar alguém enxergar isso (e eu odeio quando alguém tenta). Mas você não. Você é o poço de razão. A pessoa que vive bem sem dramatizar a vida e sem se importar em contrariar as pessoas com o que vai dizer.
E é só isso que eu espero de você. Que continue sendo você mesmo sem se importar demais a ponto de deixar de ser quem você é (e sempre foi). ♡
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Como a gente se prometeu


A minha incapacidade de imaginar as coisas às vezes me prende numa espiral de mesmice e incertezas. Nessas horas eu gosto de olhar pro céu (especialmente quando ele tá azul) e tentar imaginar pra onde o caminho lá de cima leva. Quando vejo um avião não consigo deixar de imaginar pra onde ele tá indo e quem tá lá dentro.
Foi num dia meio vazio de sentido, muitas músicas que mexem comigo, deitada na grama, com um céu azul em cima de mim, que eu te vi em mim pela primeira vez. E te imaginei como o sonho que você é. Foi quando o frio na barriga invadiu meu corpo todo e eu pensei em como seria te ver. Também foi quando eu lembrei de todos os filmes que assisti quando era criança e de todos os meus filmes favoritos que têm um pouco de você, da sua doçura e até mesmo desse jeito good vibes, vida loka que eu enxergo daqui.
Eu sou feliz de você ter me visto quando eu te vi e sou feliz de você ter um gosto musical que complementa o meu pra muito além do que eu estou acostumada, mas pra tudo aquilo que tira meus pés do chão e me faz querer tentar voar, mesmo tendo medo. É como se eu ganhasse super poderes com as sensações que você me dá.
E mesmo sabendo que eu ainda não sou cem por cento a pessoa que eu imagino vivendo isso, eu sou o ponto de partida dela e isso me faz muito feliz também. E eu gosto de lembrar como a gente começou, porque isso não deixa espaço pra realidade cruel da minha vida de agora te apagar ou me fazer duvidar da gente.
Somos nós contra o mundo. Como a gente se prometeu. ♡
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