Bem mais do fundo do coração

 
Confesso que não sei nem como começar a escrever este post. Queria fugir de tudo o que eu já disse aqui sobre mudanças anteriormente. Porque a verdade é que eu não tenho muitas certezas no momento. Mas as poucas certezas que tenho estão exigindo que eu não faça mais as mesmas coisas de sempre. E ao mesmo tempo, o medo de fazer as coisas do jeito errado e, mais ainda, o medo de como essas coisas serão recebidas têm criado uma nuvem cheia de dúvidas na minha cabeça.
 
Já fiz a mesma coisa de diversas maneiras diferentes na esperança de me sentir melhor, mas não me sinto. A pessoa que eu me imagino sendo não tem quase nada da pessoa que eu aparento ser. E conversas com amigos, conteúdos de diversos tipos que consumi nos últimos tempos, me fizeram perceber que eu estou fazendo muito menos do que gostaria por preguiça e por medo. Isso assombra os meus pensamentos e me mantém travada no mesmo lugar.
 
Mas não é essa a pessoa que eu sou. A pessoa que eu sou tem coisas bem mais do fundo do coração pra compartilhar. Mas o que vem do fundo do coração deixa a gente exposto/vulnerável e é por isso que eu tenho evitado (desde o começo deste blog) “botar a cara no sol”. É cômodo e é seguro. Só que o cômodo não me aproxima de nada do que eu realmente quero pra minha vida. E nada é realmente seguro. Correr riscos é necessário.
 
Eu não estou certa do que vou fazer daqui pra frente, mas como dizem “a vida começa fora da zona de conforto”. E a zona de conforto não me comporta mais.
 
“Talvez eu tenha que andar um pouco mais, mas olha o tanto que eu já deixei pra trás…”

Resoluções, expectativas e novos planos


A gente fantasia demais sobre a virada e o começo de um ano novo. O que de certa maneira não tem nada de errado. O problema é quando a gente acha que tudo vai acontecer magicamente. Não vai. Se você tiver muita sorte e ganhar na mega da virada, tá liberado acreditar assim. Mas caso contrário, senta aí e vamos conversar.
As coisas que acontecem pra que a gente mude ou não são muito sutis e se você não estiver atento, você se ferra. E não porque a vida vai necessariamente se alimentar dos seus sonhos e palitar os dentes com as suas certezas. Mas porque você não vai ter culhão suficiente pra lidar com o mais frustrante dos dias e vai perder o pique. E essa é a pior das ciladas que a gente pode pegar pelo caminho. Não perca o pique.
Mantenha na sua cabeça todas aquelas frases clichês (porém verdadeiras) que você vive compartilhando nas redes sociais, os conselhos bons dos seus amigos e parentes, algo que um estranho te disse e fez todo o sentido. Se agarre a tudo o que vai te manter vivo e com sangue nos olhos. Porque vai precisar de sangue nos olhos quando os dias forem ruins, porque senão você desiste, você se abate, você para.
Não quero dizer com isso que você não deva ter seus momentos. Nossos momentos são extremamente necessários pra gente entender os processos, respirar fundo, pegar impulso. Mas tendo total consciência de que é uma pausa, não desistência. De que logo mais a gente vai se reerguer ainda mais forte e agarrar a vida com unhas e dentes.
Lembre que quando os dias estão esquisitos eles também podem te ensinar alguma coisa. Você pode até perder as estribeiras por alguns momentos, mas é de você que você depende pra voltar pro lugar. Então, não se abandone. Jamais.
• • •

Follow Me:
YouTube | Instagram | Spotify

Deixe seu comentário

Aniversariando

Photo by rawpixel on Unsplash
 
A minha ficha nunca cai quando é meu aniversário e eu nunca tenho tempo de assimilar porque tem muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. Eu não vou fazer uma retrospectiva porque isso já rolou por aqui e também não vou falar como é fazer aniversário no Natal porque também já escrevi sobre isso.
 
Estou fazendo 27. Mas não tenho nada de grandioso ou sinistro que me faça temer entrar para o sombrio clube dos 27. Na verdade eu tenho ótimas expectativas sobre essa idade (papo de numerologia e mais um monte de outras coisas que eu gosto de acreditar que significam algo). E também tenho vários acordos comigo mesma, sonhos, planos para viver o próximo ano da melhor maneira possível. Algumas dessas coisas ainda não aconteceram e outras eu vou esperar um pouco mais para contar.
 
Me lembrei que quando tinha 23 (eu acho), conheci um cara gringo que tinha um 27 tatuado no pescoço e eu, curiosa, perguntei o que significava. Se bem me lembro (e minha memória não é exatamente boa) ele me disse que era a idade limite para curtir a vida. Achei legal o suficiente para criar um significado na minha cabeça. E também me lembrei de alguns outros exemplos de pessoas que começaram a fazer algo significativo com essa idade.
 
Na minha cabeça a minha vida vai começar de verdade agora. Porque até os 26 eu tava só ensaiando. E sei que talvez eu tenha feito “hora extra” numa fase da vida que pode significar muitas coisas chatas, incômodas e que algumas pessoas podem diversas ter opiniões a respeito. Mas é o seguinte: eu não quero opiniões que eu não pedi! E também não quero mais esconder o que eu penso e sinto porque alguém acha que devo esconder. E eu também não vou me pronunciar sobre algo quando não achar que devo só porque é o que esperam de mim.
 
Se teve uma coisa que eu aprendi aos 26 é que independente do quanto você se sinta desrespeitado, as pessoas não estão nem aí. E elas não vão medir as palavras, as ações delas porque você se sente incomodado ou magoado. Então cabe a você estabelecer os seus limites, defender as suas ideias e falar aquilo que é verdade para você independente das expectativas que as pessoas tenham. E isso não é para causar rebuliço. É só para você não enlouquecer tentando ser quem não é para agradar os outros. Especialmente se os outros não ligam para o que você pensa e sente.
 
Resumindo: a fase de ficar tentando não ser vista com medo de desagradar está chegando ao fim! Acostumem-se ♡